De Povos Indígenas no Brasil
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Reunião discute surto de gripe entre índios da região do Xingu, no Pará
30/05/2016
Fonte: G1 - http://g1.globo.com
Uma reunião marcada para esta segunda-feira (30) em Altamira, no sudoeste do Pará, vai avaliar o plano de emergência para combater o surto de gripe entre índios da região do Xingu. Oito crianças já morreram em aldeias da região em cerca de um mês.
A eficácia da força-tarefa montada para combater o surto de gripe foi questionada pelos indígenas, que denunciam a ausência de médicos nas equipes de saúde que atuam nas aldeias do município. "Eu só me pergunto como é que uma força-tarefa vai ser montada sem médico. Aí um fica jogando a bola pro outro, e enquanto isso a população indígena está morrendo", disse o cacique Rodrigo Curuaia.
O questionamento foi feito na sexta-feira (24), durante uma reunião de quase três horas na Secretaria de Saúde de Altamira, com a participação de lideranças indígenas e representantes dos governos municipal, estadual e federal. Os indígenas cobraram o funcionamento imediato do Hospital geral de Altamira, que ainda não foi inaugurado, e cobraram que a unidade aumente o número de leitos para atender doentes das aldeias.
"Não existe, por parte do município, nenhuma preocupação em culpar A ou B, a verdade é que não temos condições de botar o hospital para funcionar da maneira que ele está, mas acredito eu que, com a somatória de todos esses entes, a gente vai ter condições de botar o hospital para funcionar. É importante dizer que não é um novo hospital, é um hospital que está mudando de lugar", disse Waldeci Maia, secretário de saúde de Altamira.
Na última terça-feira (24), cerca de 30 lideranças indígenas de seis etnias do Xingu ocuparam a sede do Distrito Sanitário de Saúde Indígena (Dsei), em Altamira. Eles pedem que os servidores suspendam as atividades e deixem o local até que a Secretaria especial de saúde indígena de Brasília os atenda.
O Ministério da Saúde confirmou que o surto de gripe nas aldeias se intensificou desde a última quinzena do mês de abril. Entre janeiro e maio de 2016 foram registrados 540 casos de síndrome gripal aguda e 61 de síndrome gripal aguda grave, sendo que sete morte de crianças indígenas foram confirmadas.
Os índios alegam estar preocupados com os surtos de gripe. Segundo o líder Luís Xipaia, a doença pegou a comunidade indígena toda de surpresa. "O município não está preparado para esse atendimento. O vírus é perigoso para as comunidades indígenas que têm uma baixa resistência com relação a esse tipo de situação", diz.
Exoneração
Além da gripe, os indígenas dizem estar insatisfeitos com a exoneração do ex-coordenador distrital de saúde indígena Lindomar Carneiro, registrada na última segunda-feira (23). Ele estava no cargo há mais de cinco anos e comandava as ações de enfrentamento ao surto de gripe frente às aldeias.
O líder indígena Léo Xipaia pergunta até que ponto a saúde dos indígenas importa para o governo. "Todas as comunidades estão vindo para o distrito para gente chamar a atenção e conversar com os ministros para saber onde está o erro. Pra saber até que ponto a nossa saúde vai ser atendida. É preciso morrer mais indígenas pra acionar o governo?", questiona.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/05/reuniao-discute-surto-de-gripe-entre-indios-da-regiao-do-xingu-no-para.html
A eficácia da força-tarefa montada para combater o surto de gripe foi questionada pelos indígenas, que denunciam a ausência de médicos nas equipes de saúde que atuam nas aldeias do município. "Eu só me pergunto como é que uma força-tarefa vai ser montada sem médico. Aí um fica jogando a bola pro outro, e enquanto isso a população indígena está morrendo", disse o cacique Rodrigo Curuaia.
O questionamento foi feito na sexta-feira (24), durante uma reunião de quase três horas na Secretaria de Saúde de Altamira, com a participação de lideranças indígenas e representantes dos governos municipal, estadual e federal. Os indígenas cobraram o funcionamento imediato do Hospital geral de Altamira, que ainda não foi inaugurado, e cobraram que a unidade aumente o número de leitos para atender doentes das aldeias.
"Não existe, por parte do município, nenhuma preocupação em culpar A ou B, a verdade é que não temos condições de botar o hospital para funcionar da maneira que ele está, mas acredito eu que, com a somatória de todos esses entes, a gente vai ter condições de botar o hospital para funcionar. É importante dizer que não é um novo hospital, é um hospital que está mudando de lugar", disse Waldeci Maia, secretário de saúde de Altamira.
Na última terça-feira (24), cerca de 30 lideranças indígenas de seis etnias do Xingu ocuparam a sede do Distrito Sanitário de Saúde Indígena (Dsei), em Altamira. Eles pedem que os servidores suspendam as atividades e deixem o local até que a Secretaria especial de saúde indígena de Brasília os atenda.
O Ministério da Saúde confirmou que o surto de gripe nas aldeias se intensificou desde a última quinzena do mês de abril. Entre janeiro e maio de 2016 foram registrados 540 casos de síndrome gripal aguda e 61 de síndrome gripal aguda grave, sendo que sete morte de crianças indígenas foram confirmadas.
Os índios alegam estar preocupados com os surtos de gripe. Segundo o líder Luís Xipaia, a doença pegou a comunidade indígena toda de surpresa. "O município não está preparado para esse atendimento. O vírus é perigoso para as comunidades indígenas que têm uma baixa resistência com relação a esse tipo de situação", diz.
Exoneração
Além da gripe, os indígenas dizem estar insatisfeitos com a exoneração do ex-coordenador distrital de saúde indígena Lindomar Carneiro, registrada na última segunda-feira (23). Ele estava no cargo há mais de cinco anos e comandava as ações de enfrentamento ao surto de gripe frente às aldeias.
O líder indígena Léo Xipaia pergunta até que ponto a saúde dos indígenas importa para o governo. "Todas as comunidades estão vindo para o distrito para gente chamar a atenção e conversar com os ministros para saber onde está o erro. Pra saber até que ponto a nossa saúde vai ser atendida. É preciso morrer mais indígenas pra acionar o governo?", questiona.
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/05/reuniao-discute-surto-de-gripe-entre-indios-da-regiao-do-xingu-no-para.html
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