De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Caciques do interior do Acre proíbem que não-índios façam campanha em aldeias
21/09/2016
Fonte: FSP, Eleições, p. 5
Caciques do interior do Acre proíbem que não-índios façam campanha em aldeias
JAIRO BARBOSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RIO BRANCO
Lideranças indígenas de 32 aldeias da etnia huni kuin (que significa "povo verdadeiro"), dos municípios de Jordão e Tarauacá, no interior do Acre, decidiram proibir durante a campanha eleitoral deste ano a entrada em suas terras de qualquer candidato que não seja índio.
O motivo alegado foi o não cumprimento de promessas feitas por candidatos que se elegeram em 2012. Em uma carta protocolada no posto de atendimento da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Jordão, e assinada por cada uma das lideranças dessas aldeias, os caciques explicaram a medida adotada.
Segundo Francisco Sabino Kaxinawá, vereadores das duas cidades que pediram votos nas terras indígenas em 2012 prometeram viabilizar, por meio de projetos, a entrega de barcos de alumínio, geradores de energia elétrica e outros equipamentos, mas esses benefícios nunca chegaram às aldeias.
"Foi discutida a política partidária para 2016 para que os vereadores não-indígenas não tenham permissão de sua entrada para a campanha nas aldeias entre os huni kuin das três terras. Motivo: na politica passada não recebemos o projeto, o material e os kits do governo", diz trecho da carta.
Em Tarauacá e em Jordão, segundo a Justiça Eleitoral do Acre, estão registrados 60 candidatos a prefeito e vereador. Na região onde estão localizadas as aldeias proibidas para os candidatos não índios, estão cadastrados 400 eleitores indígenas.
A medida adotada pelos índios ainda não repercutiu entre os candidatos. Tanto que nenhuma representação de partidos questionou a proibição junto à Justiça Eleitoral, que, procurada, não comentou o assunto.
FSP, 21/09/2016, Eleições, p. 5
http://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-2016/2016/09/1815290-caciques-do-interior-do-acre-proibem-que-nao-indios-facam-campanha-em-aldeias.shtml
JAIRO BARBOSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM RIO BRANCO
Lideranças indígenas de 32 aldeias da etnia huni kuin (que significa "povo verdadeiro"), dos municípios de Jordão e Tarauacá, no interior do Acre, decidiram proibir durante a campanha eleitoral deste ano a entrada em suas terras de qualquer candidato que não seja índio.
O motivo alegado foi o não cumprimento de promessas feitas por candidatos que se elegeram em 2012. Em uma carta protocolada no posto de atendimento da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Jordão, e assinada por cada uma das lideranças dessas aldeias, os caciques explicaram a medida adotada.
Segundo Francisco Sabino Kaxinawá, vereadores das duas cidades que pediram votos nas terras indígenas em 2012 prometeram viabilizar, por meio de projetos, a entrega de barcos de alumínio, geradores de energia elétrica e outros equipamentos, mas esses benefícios nunca chegaram às aldeias.
"Foi discutida a política partidária para 2016 para que os vereadores não-indígenas não tenham permissão de sua entrada para a campanha nas aldeias entre os huni kuin das três terras. Motivo: na politica passada não recebemos o projeto, o material e os kits do governo", diz trecho da carta.
Em Tarauacá e em Jordão, segundo a Justiça Eleitoral do Acre, estão registrados 60 candidatos a prefeito e vereador. Na região onde estão localizadas as aldeias proibidas para os candidatos não índios, estão cadastrados 400 eleitores indígenas.
A medida adotada pelos índios ainda não repercutiu entre os candidatos. Tanto que nenhuma representação de partidos questionou a proibição junto à Justiça Eleitoral, que, procurada, não comentou o assunto.
FSP, 21/09/2016, Eleições, p. 5
http://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-2016/2016/09/1815290-caciques-do-interior-do-acre-proibem-que-nao-indios-facam-campanha-em-aldeias.shtml
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.