De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Índios apontam evidências de ocupação imemorial em Itaporã
11/01/2006
Autor: Clóvis de Oliveira e Rozembergue Marques
Fonte: Dourados News-Dourados
Estudos mostram que havia cemitério indígena sob a torre de energia
Índios remanescentes de aldeias que existiam no distrito de Carumbé, em Itaporã, retornaram ontem ao local e apontaram para a reportagem do Dourados News alguns pontos que, segundo eles, abrigavam a casa de reza (avancaguê, em guarani), cemitério (teková) e até ocas habitadas pelos ancestrais deles.
Nelson Batista Cabreira, de 54 anos, e Rosalina Fernandes, 60, da etnia caiuá, relataram episódios de infância, nominaram em guarani os rios e localidades hoje "batizados" em português, e garantiram terem saído de lá há 30 anos para, juntamente com outros 'patrícios', se instalarem na Reserva de Dourados, na área que margeia o córrego Sardinha. A visita foi acompanhada pelo recém-eleito capitão da aldeia Jaguapiru, Renato de Souza.
Eles querem que, provadas o que chamam de "evidências de ocupação pelos ancestrais", a faixa de terras que vai da Reserva Indígena de Dourados ao distrito seja reconhecida como terra imemorial, tradicionalmente ocupada por povos indígenas. A eventual demarcação "engoliria" o município de Itaporã, que hoje possui em torno de 17 mil habitantes, e criaria uma "mega-reserva", com mais de 40 quilômetros de extensão e cerca de 50 mil hectares.
Nelson Cabrera garantiu ainda ter acompanhado, no mesmo percurso, uma equipe de antropólogos do Ministério Público Federal (MPF) que, ainda segundo ele, há 3 anos realiza estudos visando a elaboração de um laudo de identificação que teria como objetivo declarar a área que hoje abriga fazendas e a cidade de Itaporã como terra imemorial.
Índios remanescentes de aldeias que existiam no distrito de Carumbé, em Itaporã, retornaram ontem ao local e apontaram para a reportagem do Dourados News alguns pontos que, segundo eles, abrigavam a casa de reza (avancaguê, em guarani), cemitério (teková) e até ocas habitadas pelos ancestrais deles.
Nelson Batista Cabreira, de 54 anos, e Rosalina Fernandes, 60, da etnia caiuá, relataram episódios de infância, nominaram em guarani os rios e localidades hoje "batizados" em português, e garantiram terem saído de lá há 30 anos para, juntamente com outros 'patrícios', se instalarem na Reserva de Dourados, na área que margeia o córrego Sardinha. A visita foi acompanhada pelo recém-eleito capitão da aldeia Jaguapiru, Renato de Souza.
Eles querem que, provadas o que chamam de "evidências de ocupação pelos ancestrais", a faixa de terras que vai da Reserva Indígena de Dourados ao distrito seja reconhecida como terra imemorial, tradicionalmente ocupada por povos indígenas. A eventual demarcação "engoliria" o município de Itaporã, que hoje possui em torno de 17 mil habitantes, e criaria uma "mega-reserva", com mais de 40 quilômetros de extensão e cerca de 50 mil hectares.
Nelson Cabrera garantiu ainda ter acompanhado, no mesmo percurso, uma equipe de antropólogos do Ministério Público Federal (MPF) que, ainda segundo ele, há 3 anos realiza estudos visando a elaboração de um laudo de identificação que teria como objetivo declarar a área que hoje abriga fazendas e a cidade de Itaporã como terra imemorial.
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