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MULHERES INDÍGENAS DEBATEM PARTICIPAÇÃO NA COP 30 NO I ENCONTRO REALIZADO NO LAGO DO CARACARANÃ
18/08/2025
Fonte: CIR - https://www.cir.org.br
O Conselho Indígena de Roraima (CIR), por meio do Departamento de Mulheres Indígenas, encerrou na última sexta-feira (15) o I Encontro de Mulheres Indígenas, realizado no Centro Regional do Lago do Caracaranã, localizado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Com a pauta "De parenta para parenta: a COP 30 e as mulheres indígenas", a atividade reuniu mulheres de diferentes regiões do estado para dialogar sobre a presença e a atuação das mulheres indígenas nos espaços internacionais de debate sobre as mudanças climáticas, especialmente na próxima Conferência das Partes (COP 30), marcada para ocorrer em novembro no Brasil.
Kelliane Wapichana, Tuxaua Geral do Departamento de Mulheres do CIR, Sineia do Vale, coordenadora do Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC/CIR) e copresidente do Caucus Indígena, e a assessora internacional Patrícia Zuppi foram as responsáveis pela condução do evento.
"Nós tivemos uma participação grande de mulheres nesse primeiro encontro e isso foi muito valioso, trazer para o território esses debates com a presença de parceiros e convidados foi importante. Mais ainda falando sobre justiça climática, o que nos faz refletir sobre as ações e as consequências que as mulheres sentem na pele dentro das comunidades indígenas", pontuou Kelliane.
Durante a plenária, Sineia do Vale compartilhou a trajetória e os desafios enfrentados pelo movimento indígena até conquistar espaço nas conferências da ONU sobre mudanças climáticas, representadas pela UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).
"A COP é um espaço muito importante, um legado deixado pelas lideranças que nos antecederam nessa luta. E a gente lutou para garantir que a COParente fosse aqui, no Caracaranã, e isso se tornou realidade. Essa participação não saiu do nada, foi construída com muito esforço coletivo", destacou Sineia.
Ela ressaltou ainda o envolvimento de diversos departamentos do CIR, administrativo, jurídico, ambiental, comunicação e de projetos, para garantir que os saberes dos territórios fossem levados às instâncias globais de decisão e que, ao mesmo tempo, os debates internacionais fossem traduzidos e apropriados pelas comunidades indígenas.
"É com o pé no território e com o pé nesses espaços, e principalmente com a ajuda de cada departamento da nossa organização, que a gente consegue trazer tudo o que está sendo discutido lá, aqui para as bases", ressaltou.
A participação e a importância da união entre as mulheres indígenas de diferentes regiões e povos de Roraima e de outros estados foi mencionada, reconhecendo as dificuldades logísticas e valorizando a presença de lideranças como Dineva Kaiaby, tesoureira da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), e Sara Omic, da Aliança Global.
"Por dentro de cada mulher há uma alegria de estar nesse espaço, para a gente se juntar, compartilhar saberes e informações sobre a COP 30 e a UNFCCC", afirmou.
Na ocasião, as mulheres produziram uma linha do tempo com as temáticas: segurança alimentar, justiça climática e violência contra as mulheres. O trabalho será levado para a COP 30.
O I Encontro de Mulheres Indígenas foi um espaço estratégico de formação e mobilização das mulheres indígenas, as mais afetadas pela crise climática que assola o mundo.
Se adaptar a isso exige mudanças nos hábitos, seja no período de plantio à colheita das culturas, no enfrentamento ao excesso de chuvas ou à seca extrema, que envolvem perdas das sementes tradicionais e impactos ambientais em seus territórios.
Ana Cátia, coordenadora regional de mulheres da região Raposa, destaca que aprender mais sobre o tema reforçou a preocupação com o futuro do planeta.
"É muito importante para a gente saber mais sobre essa questão de mudanças climáticas, isso nos atinge enquanto mulheres, somos nós que cuidamos da terra, nós geramos vida. E reforço aqui que devemos pensar nos nossos territórios, comunidades e principalmente no futuro da terra, que a cada dia fica mais quente", refletiu a coordenadora.
O encontro reforça ainda a importância e a urgência da participação ativa das mulheres nas decisões globais sobre o clima.
https://www.cir.org.br/post/mulheres-indigenas-debatem-participacao-na-cop-30-no-i-encontro-realizado-no-lago-do-caracarana
Com a pauta "De parenta para parenta: a COP 30 e as mulheres indígenas", a atividade reuniu mulheres de diferentes regiões do estado para dialogar sobre a presença e a atuação das mulheres indígenas nos espaços internacionais de debate sobre as mudanças climáticas, especialmente na próxima Conferência das Partes (COP 30), marcada para ocorrer em novembro no Brasil.
Kelliane Wapichana, Tuxaua Geral do Departamento de Mulheres do CIR, Sineia do Vale, coordenadora do Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC/CIR) e copresidente do Caucus Indígena, e a assessora internacional Patrícia Zuppi foram as responsáveis pela condução do evento.
"Nós tivemos uma participação grande de mulheres nesse primeiro encontro e isso foi muito valioso, trazer para o território esses debates com a presença de parceiros e convidados foi importante. Mais ainda falando sobre justiça climática, o que nos faz refletir sobre as ações e as consequências que as mulheres sentem na pele dentro das comunidades indígenas", pontuou Kelliane.
Durante a plenária, Sineia do Vale compartilhou a trajetória e os desafios enfrentados pelo movimento indígena até conquistar espaço nas conferências da ONU sobre mudanças climáticas, representadas pela UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).
"A COP é um espaço muito importante, um legado deixado pelas lideranças que nos antecederam nessa luta. E a gente lutou para garantir que a COParente fosse aqui, no Caracaranã, e isso se tornou realidade. Essa participação não saiu do nada, foi construída com muito esforço coletivo", destacou Sineia.
Ela ressaltou ainda o envolvimento de diversos departamentos do CIR, administrativo, jurídico, ambiental, comunicação e de projetos, para garantir que os saberes dos territórios fossem levados às instâncias globais de decisão e que, ao mesmo tempo, os debates internacionais fossem traduzidos e apropriados pelas comunidades indígenas.
"É com o pé no território e com o pé nesses espaços, e principalmente com a ajuda de cada departamento da nossa organização, que a gente consegue trazer tudo o que está sendo discutido lá, aqui para as bases", ressaltou.
A participação e a importância da união entre as mulheres indígenas de diferentes regiões e povos de Roraima e de outros estados foi mencionada, reconhecendo as dificuldades logísticas e valorizando a presença de lideranças como Dineva Kaiaby, tesoureira da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), e Sara Omic, da Aliança Global.
"Por dentro de cada mulher há uma alegria de estar nesse espaço, para a gente se juntar, compartilhar saberes e informações sobre a COP 30 e a UNFCCC", afirmou.
Na ocasião, as mulheres produziram uma linha do tempo com as temáticas: segurança alimentar, justiça climática e violência contra as mulheres. O trabalho será levado para a COP 30.
O I Encontro de Mulheres Indígenas foi um espaço estratégico de formação e mobilização das mulheres indígenas, as mais afetadas pela crise climática que assola o mundo.
Se adaptar a isso exige mudanças nos hábitos, seja no período de plantio à colheita das culturas, no enfrentamento ao excesso de chuvas ou à seca extrema, que envolvem perdas das sementes tradicionais e impactos ambientais em seus territórios.
Ana Cátia, coordenadora regional de mulheres da região Raposa, destaca que aprender mais sobre o tema reforçou a preocupação com o futuro do planeta.
"É muito importante para a gente saber mais sobre essa questão de mudanças climáticas, isso nos atinge enquanto mulheres, somos nós que cuidamos da terra, nós geramos vida. E reforço aqui que devemos pensar nos nossos territórios, comunidades e principalmente no futuro da terra, que a cada dia fica mais quente", refletiu a coordenadora.
O encontro reforça ainda a importância e a urgência da participação ativa das mulheres nas decisões globais sobre o clima.
https://www.cir.org.br/post/mulheres-indigenas-debatem-participacao-na-cop-30-no-i-encontro-realizado-no-lago-do-caracarana
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