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BRIGADISTAS E COMUNICADORES INDÍGENAS APRENDEM A USAR FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA PROTEGER E DEFENDER O TERRITÓRIO
11/09/2025
Autor: Charles Taurepang
Fonte: CIR - https://www.cir.org.br
O tradicional Lago Caracaranã, na T.I. Raposa Serra do Sol, região Raposa, município de Normandia, recebeu, entre os dias 8 e 11 de setembro, comunicadores indígenas da Rede Wakywaa e brigadistas indígenas de Roraima e do Mato Grosso do Sul. Eles participaram do Curso Básico de Sistema de Informação Geográfica: Mapeamento de áreas queimadas em terras indígenas de Roraima e do curso de técnicas de comunicação para fortalecer as ações e a divulgação das brigadas no combate ao fogo.
A formação foi promovida pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), por meio do Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC) e do Departamento de Comunicação, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Participaram do curso 20 brigadistas indígenas, sendo 18 mulheres e 2 homens, dos quais 16 de Roraima e 2 do Mato Grosso do Sul, apoiados pelo Instituto Terra Brasilis (ITB), além de oito comunicadores da Rede Wakywaa.
Bruno Wai Wai é um deles. Comunicador da Rede Wakywaa desde 2021, acompanha as ações de monitoramento, vigilância e fiscalização no território a partir da comunidade Anauá, região Wai Wai. Em 2024, viu de perto o território ser destruído pelas queimadas e registrou o acontecimento em fotos e vídeos. Ele conta que a formação trouxe novos conhecimentos para sua área de atuação:
"Esses cursos que a gente está fazendo serviram para conhecer um pouco da base de como montar a estrutura das notícias, imagens e edição. Isso é bom pra gente se aprofundar. Eu não sou bom de edição, mas aqui eu pratiquei e fiz boas edições. Gosto de fotografar, fazer textos, e agora vou continuar nesse caminho da edição", expressou Bruno.
Marivalda Tomaz, de 36 anos, é comunicadora e brigadista, moradora da comunidade Sucuba, região Alto Cauamé. Ela faz parte da Brigada Comunitária Indígena Pataxibas, que significa Guerreiras do Fogo. A brigada é composta por mulheres Macuxi e Wapichana e iniciou as atividades em outubro de 2024, atuando na prevenção e combate às queimadas. Com a formação, Marivalda destaca que poderá alinhar conhecimentos em ambas as áreas:
"Está sendo muito importante pra mim e para as demais da brigada Pataxibas participar da formação, pois estamos aprendendo como monitorar a nossa terra, como conhecer o nosso território através desse curso. Conhecemos o Sistema de Informação Geográfica e, aprendendo ano após ano como está o nosso território, se está tendo muita ou pouca queima. Saber disso é fundamental para o trabalho que desenvolvemos na preservação do território", concluiu Marivalda.
A coordenadora de brigadas, Ana Paula Levi, destacou que a atuação dos brigadistas indígenas vai além do combate direto ao fogo. Segundo ela, o curso fortalece a brigada comunitária, promove a valorização dos conhecimentos tradicionais e amplia a presença das mulheres na gestão territorial:
"Estamos sendo privilegiados com esta formação, que está sendo um grande destaque para as mulheres. A brigada Pataxibas é a primeira base de brigada feminina de Roraima. Somos guardiãs das florestas e agora podemos contar com o SIG para mapear nossas áreas, conhecer melhor as tecnologias e fortalecer nossos conhecimentos tradicionais."
O analista de pesquisa do IPAM e um dos instrutores do Curso Básico de SIG, Ray Pinheiro, falou sobre sua experiência ao estar pela primeira vez em território indígena de Roraima:
"Fico muito lisonjeado de estar aqui na T.I. Raposa Serra do Sol, ministrando esta formação. É uma honra estar neste lugar sagrado que é o Lago Caracaranã."
Sara Leal, coordenadora de comunicação do IPAM e instrutora no curso de comunicação, expressou gratidão em compartilhar conhecimentos que vão fortalecer os trabalhos desenvolvidos nas bases:
"Estamos muito agradecidos pela recepção aqui no território. Viemos compartilhar um pouco do nosso trabalho no IPAM e acabamos recebendo uma troca. Vocês têm seus conhecimentos e experiências, e a gente aprende com vocês o que só vocês podem nos ensinar."
Ao final do curso, os comunicadores e brigadistas receberam certificados pela participação e aprendizado durante a formação. De volta às regiões e comunidades, eles irão colocar em prática os conhecimentos adquiridos, reforçando o protagonismo indígena na defesa do território.
A formação teve apoio dos parceiros Rainforest Aliance e Ford Fundation.
https://www.cir.org.br/post/brigadistas-e-comunicadores-indigenas-aprendem-a-usar-ferramentas-tecnologicas-para-proteger-e-defender-o-territorio
A formação foi promovida pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), por meio do Departamento de Gestão Territorial, Ambiental e Mudanças Climáticas (DGTAMC) e do Departamento de Comunicação, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Participaram do curso 20 brigadistas indígenas, sendo 18 mulheres e 2 homens, dos quais 16 de Roraima e 2 do Mato Grosso do Sul, apoiados pelo Instituto Terra Brasilis (ITB), além de oito comunicadores da Rede Wakywaa.
Bruno Wai Wai é um deles. Comunicador da Rede Wakywaa desde 2021, acompanha as ações de monitoramento, vigilância e fiscalização no território a partir da comunidade Anauá, região Wai Wai. Em 2024, viu de perto o território ser destruído pelas queimadas e registrou o acontecimento em fotos e vídeos. Ele conta que a formação trouxe novos conhecimentos para sua área de atuação:
"Esses cursos que a gente está fazendo serviram para conhecer um pouco da base de como montar a estrutura das notícias, imagens e edição. Isso é bom pra gente se aprofundar. Eu não sou bom de edição, mas aqui eu pratiquei e fiz boas edições. Gosto de fotografar, fazer textos, e agora vou continuar nesse caminho da edição", expressou Bruno.
Marivalda Tomaz, de 36 anos, é comunicadora e brigadista, moradora da comunidade Sucuba, região Alto Cauamé. Ela faz parte da Brigada Comunitária Indígena Pataxibas, que significa Guerreiras do Fogo. A brigada é composta por mulheres Macuxi e Wapichana e iniciou as atividades em outubro de 2024, atuando na prevenção e combate às queimadas. Com a formação, Marivalda destaca que poderá alinhar conhecimentos em ambas as áreas:
"Está sendo muito importante pra mim e para as demais da brigada Pataxibas participar da formação, pois estamos aprendendo como monitorar a nossa terra, como conhecer o nosso território através desse curso. Conhecemos o Sistema de Informação Geográfica e, aprendendo ano após ano como está o nosso território, se está tendo muita ou pouca queima. Saber disso é fundamental para o trabalho que desenvolvemos na preservação do território", concluiu Marivalda.
A coordenadora de brigadas, Ana Paula Levi, destacou que a atuação dos brigadistas indígenas vai além do combate direto ao fogo. Segundo ela, o curso fortalece a brigada comunitária, promove a valorização dos conhecimentos tradicionais e amplia a presença das mulheres na gestão territorial:
"Estamos sendo privilegiados com esta formação, que está sendo um grande destaque para as mulheres. A brigada Pataxibas é a primeira base de brigada feminina de Roraima. Somos guardiãs das florestas e agora podemos contar com o SIG para mapear nossas áreas, conhecer melhor as tecnologias e fortalecer nossos conhecimentos tradicionais."
O analista de pesquisa do IPAM e um dos instrutores do Curso Básico de SIG, Ray Pinheiro, falou sobre sua experiência ao estar pela primeira vez em território indígena de Roraima:
"Fico muito lisonjeado de estar aqui na T.I. Raposa Serra do Sol, ministrando esta formação. É uma honra estar neste lugar sagrado que é o Lago Caracaranã."
Sara Leal, coordenadora de comunicação do IPAM e instrutora no curso de comunicação, expressou gratidão em compartilhar conhecimentos que vão fortalecer os trabalhos desenvolvidos nas bases:
"Estamos muito agradecidos pela recepção aqui no território. Viemos compartilhar um pouco do nosso trabalho no IPAM e acabamos recebendo uma troca. Vocês têm seus conhecimentos e experiências, e a gente aprende com vocês o que só vocês podem nos ensinar."
Ao final do curso, os comunicadores e brigadistas receberam certificados pela participação e aprendizado durante a formação. De volta às regiões e comunidades, eles irão colocar em prática os conhecimentos adquiridos, reforçando o protagonismo indígena na defesa do território.
A formação teve apoio dos parceiros Rainforest Aliance e Ford Fundation.
https://www.cir.org.br/post/brigadistas-e-comunicadores-indigenas-aprendem-a-usar-ferramentas-tecnologicas-para-proteger-e-defender-o-territorio
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