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Funai defende valorização dos conhecimentos indígenas para ações coordenadas de saúde única em prol da conservação ambiental
13/10/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
Por milênios, os povos indígenas praticam o que o mundo hoje chama de Saúde Única (One Health), uma visão holística que reconhece a interdependência entre seres humanos, animais e ecossistemas". Foi o que destacou a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, durante a Sessão Única no Âmbito das Ações de Conservação, do Congresso Mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
O evento acontece em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, de 8 a 15 de outubro. A diretora de Gestão Ambiental e Territorial, Lucia Alberta, também acompanhou a agenda. A programação reuniu líderes governamentais, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e participantes da sociedade civil. O objetivo foi preparar o cenário para uma ação ousada e coordenada em prol da Saúde Única no âmbito das ações de conservação.
Integridade territorial
A manifestação da presidenta da Funai aconteceu no sábado (11), momento em que ela reforçou que a participação indígena é essencial na construção de políticas e ações voltadas aos seus territórios, desde o planejamento até a execução. "Ao manejar de forma sustentável os territórios e florestas indígenas, as comunidades promovem a saúde coletiva, prevenindo a disseminação de doenças e mantendo o equilíbrio ambiental, garantindo que as soluções sejam culturalmente adequadas, sustentáveis e inclusivas, além de combater o racismo ambiental e promover o bem-viver de forma integral", ressaltou. Para Joenia, a proteção e a demarcação das Terras Indígenas (TIs) são ações que transcendem a garantia de direitos: são pilares estratégicos para a saúde pública e a segurança sanitária do Brasil.
Joenia Wapichana também mencionou a importância da gestão ambiental tradicional, reconhecida e defendida pela Funai como crucial na integridade territorial e que age como uma barreira natural contra a disseminação de doenças zoonóticas e o desequilíbrio ecológico. "Manter a diversidade ecológica e o equilíbrio do meio ambiente são fatores que limitam o contato humano com vetores de doenças e previnem o surgimento de novas pandemias. Garantir a proteção territorial é, portanto, investir na saúde coletiva de toda a nação", afirmou a presidenta, alertando que o desmatamento e as invasões de territórios indígenas aumentam o risco de transmissão de enfermidades e desequilibram o meio ambiente e o clima.
Conhecimentos indígenas
Outro ponto destacado foi a importância da valorização dos conhecimentos indígenas sobre a medicina tradicional, onde a cura e o manejo dos ecossistemas representam tecnologias ancestrais de cuidado que dialogam diretamente com a ciência moderna. "Integrar essas práticas às políticas públicas de saúde é essencial para uma abordagem de Saúde Única mais ampla, justa e eficaz, valorizando práticas ancestrais conduzidas por pajés, parteiras, curadores e profissionais da medicina tradicional", afirmou Joenia ressaltando que esses conhecimentos fazem parte do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS), articulado ao Sistema Único de Saúde (SUS). E que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) reconhece e valoriza esses conhecimentos, incorporando-os às políticas públicas e às formações em saúde. "Essas práticas garantem uma atenção intercultural e reforçam o protagonismo e a liderança dos povos indígenas que são fundamentais para o conceito de bem-viver e para a visão integrada da Saúde Única", reafirmou.
Perspectivas
Em alinhamento com o Programa de Trabalho Natureza 2030 da IUCN, o evento apontou perspectivas e caminhos para mudanças transformadoras em prol da Saúde Única, com foco em parcerias inovadoras, políticas facilitadoras e mecanismos que possam replicar e ampliar soluções comprovadas em todo o mundo.
Pavilhão do Brasil
Ainda como parte da programação do Congresso Mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza, a presidenta da Funai participou na sexta-feira (10), do ato simbólico de abertura do Pavilhão do Brasil. Com a incidência por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMAMC), o espaço é estratégico para o governo brasileiro e busca debater as questões do país para a conservação da natureza e da biodiversidade no Brasil.
Na quinta-feira (9), Joenia participou da "Sessão Plenária de Alto Nível: promovendo a equidade, repensando a conservação inclusiva" e defendeu que as mulheres indígenas são fundamentais para a equidade e a conservação da biodiversidade. E, na quarta-feira (8), ela falou da criação do projeto Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), durante a Cúpula Mundial dos Povos Indígenas e da Natureza. Trata-se de uma proposta brasileira que visa implementar um modelo econômico e inovador de financiamento para a preservação das florestas tropicais e que deve ser apresentada pelo Brasil na Conferência das Partes (COP 30), evento internacional previsto para acontecer em novembro no Brasil, em Belém (PA).
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-defende-valorizacao-dos-conhecimentos-indigenas-para-acoes-coordenadas-de-saude-unica-em-prol-da-conservacao-ambiental
O evento acontece em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, de 8 a 15 de outubro. A diretora de Gestão Ambiental e Territorial, Lucia Alberta, também acompanhou a agenda. A programação reuniu líderes governamentais, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e participantes da sociedade civil. O objetivo foi preparar o cenário para uma ação ousada e coordenada em prol da Saúde Única no âmbito das ações de conservação.
Integridade territorial
A manifestação da presidenta da Funai aconteceu no sábado (11), momento em que ela reforçou que a participação indígena é essencial na construção de políticas e ações voltadas aos seus territórios, desde o planejamento até a execução. "Ao manejar de forma sustentável os territórios e florestas indígenas, as comunidades promovem a saúde coletiva, prevenindo a disseminação de doenças e mantendo o equilíbrio ambiental, garantindo que as soluções sejam culturalmente adequadas, sustentáveis e inclusivas, além de combater o racismo ambiental e promover o bem-viver de forma integral", ressaltou. Para Joenia, a proteção e a demarcação das Terras Indígenas (TIs) são ações que transcendem a garantia de direitos: são pilares estratégicos para a saúde pública e a segurança sanitária do Brasil.
Joenia Wapichana também mencionou a importância da gestão ambiental tradicional, reconhecida e defendida pela Funai como crucial na integridade territorial e que age como uma barreira natural contra a disseminação de doenças zoonóticas e o desequilíbrio ecológico. "Manter a diversidade ecológica e o equilíbrio do meio ambiente são fatores que limitam o contato humano com vetores de doenças e previnem o surgimento de novas pandemias. Garantir a proteção territorial é, portanto, investir na saúde coletiva de toda a nação", afirmou a presidenta, alertando que o desmatamento e as invasões de territórios indígenas aumentam o risco de transmissão de enfermidades e desequilibram o meio ambiente e o clima.
Conhecimentos indígenas
Outro ponto destacado foi a importância da valorização dos conhecimentos indígenas sobre a medicina tradicional, onde a cura e o manejo dos ecossistemas representam tecnologias ancestrais de cuidado que dialogam diretamente com a ciência moderna. "Integrar essas práticas às políticas públicas de saúde é essencial para uma abordagem de Saúde Única mais ampla, justa e eficaz, valorizando práticas ancestrais conduzidas por pajés, parteiras, curadores e profissionais da medicina tradicional", afirmou Joenia ressaltando que esses conhecimentos fazem parte do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS), articulado ao Sistema Único de Saúde (SUS). E que a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) reconhece e valoriza esses conhecimentos, incorporando-os às políticas públicas e às formações em saúde. "Essas práticas garantem uma atenção intercultural e reforçam o protagonismo e a liderança dos povos indígenas que são fundamentais para o conceito de bem-viver e para a visão integrada da Saúde Única", reafirmou.
Perspectivas
Em alinhamento com o Programa de Trabalho Natureza 2030 da IUCN, o evento apontou perspectivas e caminhos para mudanças transformadoras em prol da Saúde Única, com foco em parcerias inovadoras, políticas facilitadoras e mecanismos que possam replicar e ampliar soluções comprovadas em todo o mundo.
Pavilhão do Brasil
Ainda como parte da programação do Congresso Mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza, a presidenta da Funai participou na sexta-feira (10), do ato simbólico de abertura do Pavilhão do Brasil. Com a incidência por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMAMC), o espaço é estratégico para o governo brasileiro e busca debater as questões do país para a conservação da natureza e da biodiversidade no Brasil.
Na quinta-feira (9), Joenia participou da "Sessão Plenária de Alto Nível: promovendo a equidade, repensando a conservação inclusiva" e defendeu que as mulheres indígenas são fundamentais para a equidade e a conservação da biodiversidade. E, na quarta-feira (8), ela falou da criação do projeto Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), durante a Cúpula Mundial dos Povos Indígenas e da Natureza. Trata-se de uma proposta brasileira que visa implementar um modelo econômico e inovador de financiamento para a preservação das florestas tropicais e que deve ser apresentada pelo Brasil na Conferência das Partes (COP 30), evento internacional previsto para acontecer em novembro no Brasil, em Belém (PA).
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-defende-valorizacao-dos-conhecimentos-indigenas-para-acoes-coordenadas-de-saude-unica-em-prol-da-conservacao-ambiental
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