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Festival Ecos da Terra reafirma cinema indígena como ação climática durante a COP30

14/11/2025

Fonte: Funai - https://www.gov.br



Cinema indígena como ação climática na COP30. Foi com essa mensagem que o Festival de Cinema Ecos da Terra, realizado em conjunto com a 10ª Mostra de Cinema da Amazônia, abriu oficialmente suas atividades na quinta-feira (13) no Museu da Imagem e do Som (MIS), em Belém (PA).

A realização é do Museu Nacional dos Povos Indígenas (MNPI), órgão científico-cultural da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em conjunto com a Mekaron Filmes, o Instituto Cultural Amazônia Brasil e o Museu da Pessoa. E conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Pará.

No evento, foi exibido o documentário "Estética da Diversidade - 70 anos do Museu Nacional dos Povos Indígenas", documentário que retrata a história do MNPI desde sua criação.

A diretora do Museu, Juliana Tupinambá, enfatizou que os povos indígenas, por meio do cinema, trazem o conhecimento, a voz da terra e, assim, as soluções climáticas, como a demarcação das terras indígenas.

"É por isso que o audiovisual indígena precisa ser fortalecido, para que a voz e o conhecimento dos povos sejam compartilhados e transformem a realidade climática. Com memória e denúncia, o cinema indígena fortalece a luta pela demarcação territorial, pelo fim do racismo e é contra as violências nos territórios", afirmou Juliana.

Mostra
A programação do Festival de Cinema Ecos da Terra segue até o próximo dia 19 de novembro. O Festival convida o Brasil e o mundo a enxergarem o cinema como território, um espaço para "aldear o futuro", em que a arte e a palavra promovem a justiça climática e de esperança.

Com mais de 30 sessões audiovisuais, o festival busca ainda retratar narrativas que destacam a força, a diversidade e a sabedoria dos povos indígenas - protagonistas de um modo de pensar que equilibra os conhecimentos ancestrais e as inovações.

Confira a programação completa

Inspirado pelo espírito da COP30, o festival propõe uma reflexão sobre os vários papéis que os povos indígenas exercem na defesa da vida e dos territórios, mostrando que onde há floresta em pé, há futuro possível. Suas histórias falam de resistência, cultura e inovação, apresentando caminhos para uma economia na qual progresso e preservação caminham lado a lado.

Na programação do evento, além do documentário "Estética da Diversidade - 70 anos do Museu Nacional dos Povos Indígenas", serão exibidos outros dois filmes produzidos pelo MNPI, são eles: "Katxa nawa: cantar para o crescer das plantas", um documentário realizado em parceria com o povo indígena Huni Kui, que aborda o ritual "Katxa nawa" para chamar vitalidade e fertilidade para os plantios, para a caça e para o povo Huni Kui~n, habitantes do estado do Acre, na Amazônia. E ainda "Nosso alimento, nosso jeito de ser Madiha", uma produção que aborda a alimentação e os modos de vida do povo Madiha Kulina, também do Acre; e ainda "Nosso alimento, nosso jeito de ser Madiha", uma produção que aborda a alimentação e os modos de vida do povo Madiha Kulina, também do Acre.

A Estética da Diversidade

O documentário retrata os 70 anos do Museu Nacional dos Povos Indígenas, localizado no Rio de Janeiro (RJ). E teve como direção e roteiro, o servidor da Funai Rodolpho Villanova Machado.

Em 36 minutos, o documentário relembra a trajetória da instituição, criada em 1953 por Darcy Ribeiro, com o objetivo de promover a preservação, pesquisa e divulgação das culturas indígenas brasileiras.

Com depoimentos de servidores, pesquisadores e lideranças indígenas, além de registros históricos do acervo da instituição, o filme acompanha as transformações do Museu ao longo do tempo e os caminhos por meio dos quais se firmou como uma referência nacional em estudos antropológicos, na valorização do patrimônio cultural dos povos indígenas, e como espaço de resistência e protagonismo indígena no Brasil.

MNPI

O Museu Nacional dos Povos Indígenas é responsável pela política de preservação e divulgação do patrimônio cultural dos povos indígenas no Brasil, tendo sob sua guarda um significativo conjunto de bens culturais de natureza arquivística, museológica e bibliográfica sobre esses povos.

O acervo etnográfico da instituição reúne mais de 20 mil objetos contemporâneos que são expressões da cultura material de 150 povos indígenas brasileiros. Suas origens remontam à década de 1940 e se estendem à atualidade, tendo em vista a crescente participação indígena nos processos para salvaguarda do patrimônio cultural e a constante incorporação de novas coleções obtidas diretamente junto a comunidades de todo o país.


https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/festival-ecos-da-terra-reafirma-cinema-indigena-como-acao-climatica-durante-a-cop30-1
 

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