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Na COP30, Funai e Embrapa discutem resultados de iniciativas com povos indígenas
21/11/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou na quinta-feira (20) da mesa "Plataforma Embrapa de Iniciativas com Povos Indígenas", realizada na AgriZone da COP30, em Belém (PA). O encontro apresentou os avanços institucionais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) voltados às demandas dos povos indígenas, com foco em soberania alimentar, transição agroecológica e fortalecimento territorial.
No evento, o coordenador-geral de Atividades Produtivas da Funai, Jefferson Nascimento, destacou que as atividades produtivas precisam fazer parte da atuação de toda a Funai, e não apenas da área especializada. Segundo ele, o objetivo é "estimular que toda a instituição esteja atenta às atividades produtivas, de forma transversal", e que isso requer preparar as equipes para compreender a importância da produção dentro dos territórios.
Ao comentar os desafios e responsabilidades, Jefferson lembrou que a implantação de atividades produtivas deve estar alinhada aos territórios e às escolhas dos povos. Ele ressaltou que a Funai busca contribuir para fortalecer a autonomia e o protagonismo indígena. "Precisamos estar atentos às nossas casas, aos povos, aos territórios, e fazer isso obedecendo à lógica dos próprios povos", afirmou.
A mesa de debate reuniu a líder da Plataforma e presidenta do Comitê Indígena da Embrapa, Terezinha Dias; a diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler; o chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Ricardo Alamino; e o secretário-executivo do Comitê de Governança da Temática Indígena da Embrapa, João Roberto Correia.
Integração de conhecimentos tradicionais e científicos
A apresentação da Plataforma de Iniciativas com Povos Indígenas foi conduzida por Terezinha Dias, que explicou como o processo de aproximação da Embrapa com a temática indígena evoluiu ao longo de mais de três décadas.
Segundo Terezinha, a Plataforma reúne 49 atividades distribuídas em 20 unidades da Embrapa, envolvendo cerca de 90 colaboradores. Ela informou que o acervo de sementes, cultivares e conhecimentos mantidos pela instituição só existe graças aos povos indígenas. "A Embrapa é fiel depositária de grande parte da biodiversidade que vem dos territórios", afirmou. Para ela, devolver e fortalecer esses sistemas por meio de pesquisa, formação e apoio técnico é parte fundamental da missão do órgão.
A Plataforma tem como visão ser a principal iniciativa da Embrapa dedicada a conectar, fortalecer e ampliar a autonomia dos povos indígenas, com foco em soberania alimentar, valorização da biodiversidade e integração de conhecimentos tradicionais e científicos.
As ações priorizadas são definidas a partir de processos participativos, escutas em território e validação das demandas junto à Funai, ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI), ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e às próprias organizações indígenas.
Entre os resultados e eixos de atuação, os participantes do debate destacaram iniciativas como a formação de redes sociotécnicas regionais voltadas à soberania e segurança alimentar; a realização de inventários bioculturais e a criação de bancos comunitários de sementes; o fortalecimento de técnicas artesanais de manejo e a promoção de feiras de agrobiodiversidade; e mapeamentos territoriais colaborativos, avaliações de sistemas produtivos, ecológicos e sociais; e ações de formação e comunicação orientadas a tecnologias apropriadas para os territórios indígenas.
A diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler, destacou que a institucionalização da Plataforma representa um marco dentro da instituição. Ela explicou que, após décadas de trabalho com movimentos sociais e comunidades, é significativo ver a temática indígena ocupando um lugar estruturado no órgão.
De acordo com Ana, esse avanço só é possível porque existe um entendimento claro de que a política pública orienta a integração entre ciência, território e protagonismo indígena. Ela também reforçou a importância das redes de trabalho internas e externas, afirmando que a plataforma consegue priorizar demandas reais "porque trabalha conectando pesquisadores, parceiros, Funai, MPI e organizações indígenas".
Sobre a plataforma
A Plataforma Embrapa de Iniciativas com Povos Indígenas é um programa da Embrapa voltado a fortalecer a segurança alimentar, a gestão territorial e o diálogo intercultural com povos indígenas em diferentes regiões do país. O trabalho organiza e integra ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) realizadas pela instituição em parceria com comunidades indígenas, priorizando a soberania alimentar, a valorização dos conhecimentos tradicionais e a conservação socioambiental.
Articulada em três eixos - diálogos interculturais para produção ecológica; apoio a planos de gestão territorial e ambiental; e fortalecimento de redes sociotécnicas regionais -, a plataforma está alinhada à Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/na-cop30-funai-e-embrapa-discutem-resultados-de-iniciativas-com-povos-indigenas
No evento, o coordenador-geral de Atividades Produtivas da Funai, Jefferson Nascimento, destacou que as atividades produtivas precisam fazer parte da atuação de toda a Funai, e não apenas da área especializada. Segundo ele, o objetivo é "estimular que toda a instituição esteja atenta às atividades produtivas, de forma transversal", e que isso requer preparar as equipes para compreender a importância da produção dentro dos territórios.
Ao comentar os desafios e responsabilidades, Jefferson lembrou que a implantação de atividades produtivas deve estar alinhada aos territórios e às escolhas dos povos. Ele ressaltou que a Funai busca contribuir para fortalecer a autonomia e o protagonismo indígena. "Precisamos estar atentos às nossas casas, aos povos, aos territórios, e fazer isso obedecendo à lógica dos próprios povos", afirmou.
A mesa de debate reuniu a líder da Plataforma e presidenta do Comitê Indígena da Embrapa, Terezinha Dias; a diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler; o chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Ricardo Alamino; e o secretário-executivo do Comitê de Governança da Temática Indígena da Embrapa, João Roberto Correia.
Integração de conhecimentos tradicionais e científicos
A apresentação da Plataforma de Iniciativas com Povos Indígenas foi conduzida por Terezinha Dias, que explicou como o processo de aproximação da Embrapa com a temática indígena evoluiu ao longo de mais de três décadas.
Segundo Terezinha, a Plataforma reúne 49 atividades distribuídas em 20 unidades da Embrapa, envolvendo cerca de 90 colaboradores. Ela informou que o acervo de sementes, cultivares e conhecimentos mantidos pela instituição só existe graças aos povos indígenas. "A Embrapa é fiel depositária de grande parte da biodiversidade que vem dos territórios", afirmou. Para ela, devolver e fortalecer esses sistemas por meio de pesquisa, formação e apoio técnico é parte fundamental da missão do órgão.
A Plataforma tem como visão ser a principal iniciativa da Embrapa dedicada a conectar, fortalecer e ampliar a autonomia dos povos indígenas, com foco em soberania alimentar, valorização da biodiversidade e integração de conhecimentos tradicionais e científicos.
As ações priorizadas são definidas a partir de processos participativos, escutas em território e validação das demandas junto à Funai, ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI), ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e às próprias organizações indígenas.
Entre os resultados e eixos de atuação, os participantes do debate destacaram iniciativas como a formação de redes sociotécnicas regionais voltadas à soberania e segurança alimentar; a realização de inventários bioculturais e a criação de bancos comunitários de sementes; o fortalecimento de técnicas artesanais de manejo e a promoção de feiras de agrobiodiversidade; e mapeamentos territoriais colaborativos, avaliações de sistemas produtivos, ecológicos e sociais; e ações de formação e comunicação orientadas a tecnologias apropriadas para os territórios indígenas.
A diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler, destacou que a institucionalização da Plataforma representa um marco dentro da instituição. Ela explicou que, após décadas de trabalho com movimentos sociais e comunidades, é significativo ver a temática indígena ocupando um lugar estruturado no órgão.
De acordo com Ana, esse avanço só é possível porque existe um entendimento claro de que a política pública orienta a integração entre ciência, território e protagonismo indígena. Ela também reforçou a importância das redes de trabalho internas e externas, afirmando que a plataforma consegue priorizar demandas reais "porque trabalha conectando pesquisadores, parceiros, Funai, MPI e organizações indígenas".
Sobre a plataforma
A Plataforma Embrapa de Iniciativas com Povos Indígenas é um programa da Embrapa voltado a fortalecer a segurança alimentar, a gestão territorial e o diálogo intercultural com povos indígenas em diferentes regiões do país. O trabalho organiza e integra ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) realizadas pela instituição em parceria com comunidades indígenas, priorizando a soberania alimentar, a valorização dos conhecimentos tradicionais e a conservação socioambiental.
Articulada em três eixos - diálogos interculturais para produção ecológica; apoio a planos de gestão territorial e ambiental; e fortalecimento de redes sociotécnicas regionais -, a plataforma está alinhada à Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/na-cop30-funai-e-embrapa-discutem-resultados-de-iniciativas-com-povos-indigenas
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