De Povos Indígenas no Brasil

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Clima está tenso em Pau Brasil

11/06/2001

Fonte: A Tarde - Salvador - BA



A população de Pau Brasil, distante de Salvador 460 Km, volta a viver em clima de tensão, por conta da ocupação, há cinco dias, pelos pataxós hã, hã, hãe, das fazendas Lusitânia, de 120 hectares, propriedade de Alberto Pereira, e Justiça Divina, com 80 hectares, de Abenilson Rocha.A ocupação pacífica e negociada pela Funai, provocou a reação de um grupo de fazendeiros que perdeu terras para os índios e estão respondendo ao novo ataque, exibindo sessões de vídeo em praça pública, com cenas de morte dos policiais militares Deusmar Barreto e Josivaldo Batista, ocorrida numa emboscada, durante o conflito em 17 de novembro de 1999, quando os pataxós recuperaram cerca de dez fazendas.ProvocaçãoHoje, estão programadas quatro exibições na praça central da cidade. Para o vice-cacique, Nailton Muniz, que comandou os índios nessa nova investida, essas exibições e também o uso de carro de som são uma provocação que os fazendeiros, liderados por Marcos Vinicius Guimarães, o Marcão, estão fazendo, com a clara intenção de incitar a população contra a comunidade indígena.Os novos problemas em Pau Brasil provocaram uma reunião de emergência, na última quinta-feira, entre o procurador da República, Márcio Torres, e o administrador regional da Funai, em Eunápolis, Jorge de Paula, que solicitaram a presença de dois agentes da Polícia Federal na cidade.O procurador também conversou com os fazendeiros Alberto Pereira e Abenilson Rocha e definiu prazos para que os dois entreguem a documentação, deixem as fazendas e a Funai possa agilizar a regularização das propriedades ocupadas e vistoriadas, num prazo de 15 dias, visando ao pagamento das benfeitorias.
 

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