De Povos Indígenas no Brasil
News
ÍNDIOS YANOMAMI
10/08/2001
Fonte: A Folha de Boa Vista-RR
Comissão sobre DSTs será criada hoje
Indígenas, profissionais de saúde e representantes de Ongs (Organizações Não-Governamentais) formam hoje na Casa Paulo VI uma comissão para estabelecer estratégias de como abordar as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids nas comunidades indígenas do Distrito Sanitário Yanomami. A criação da comissão foi definida numa conferência nacional realizada em maio passado, em Goiás. A partir da formação da comissão, a perspectiva do Distrito Sanitário Yanomami (DSY) é conduzir os trabalhos de saúde indígena com maior eficiência.A coordenadora Aldacy Xavier disse que a comissão será fundamental na conscientização dos índios sobre os riscos das DSTs. "A capacitação dos profissionais de nível médio tem enfoque principal nas partes de diagnóstico e tratamento", afirmou. A questão das doenças continua sendo uma constante nas aldeias yanomami. Pertencentes a uma cultura diferenciada, os índios não entendem como as DSTs e Aids entram em suas vidas. A comunicação constitui um dos problemas principais.Para os médicos do programa DSTs e Aids, do Ministério da Saúde, é possível conscientizar os índios sobre os riscos das doenças. Respeitando a cultura de cada etnia, segundo Fábio Moherdaui, da coordenação nacional, existem formas de comunicação. Isso, em sua avaliação, não é uma questão dos índios entenderem ou não. "Cabe só a nós saber explorar", destacou ressaltando que a questão está relacionada a sobrevivência do grupo. "Na medida em que haver ameaça, o grupo se organiza para receber as informações e se prepara contra a consolidação da doença". No caso das DSTs, ele disse que a ameaça tem um agravante. "As DSTs e a Adis são doenças que acometem o que se manifesta durante a atividade sexual, que é condição fundamental para a perpetuação do grupo", fez questão de explicar.Segundo Fábio, as oito entidades não-governamentais que prestam atendimento de saúde aos Yanomami vêm realizando diversos trabalhos na conscientização dos índios sobre a importância da prevenção das doenças transmissíveis. Com os trabalhos, não foi registrado nenhum caso da doença entre as aldeias indígenas. Ao longo dos últimos dois anos, houve apenas seis casos de DSTs em 1999 e dez casos ano passado. Este ano ainda não ocorreram registros. De agora em diante, a meta do Ministério da Saúde é integrar as ações desenvolvidas pelas Ongs. "Queremos integrar as informações das várias instituições envolvidas, evitando que a epidemia chegue às aldeias indígenas", afirmou Moherdaui.Conforme ele, a prioridade será absoluta no trabalho das doenças entre os indígenas. "Nosso trabalho é reconhecido em âmbito internacional", lembrou, referindo-se a elevação do programa no controle de DSTs e Aids com os trabalhos desenvolvidos. Para Fábio, as populações indígenas são vulneráveis às doenças. "Se formos avaliar o que ocorre na África, onde as populações estão morrendo porque não houve nenhum controle da doença, os indígenas precisam de todos cuidados necessários", afirmou.
Indígenas, profissionais de saúde e representantes de Ongs (Organizações Não-Governamentais) formam hoje na Casa Paulo VI uma comissão para estabelecer estratégias de como abordar as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids nas comunidades indígenas do Distrito Sanitário Yanomami. A criação da comissão foi definida numa conferência nacional realizada em maio passado, em Goiás. A partir da formação da comissão, a perspectiva do Distrito Sanitário Yanomami (DSY) é conduzir os trabalhos de saúde indígena com maior eficiência.A coordenadora Aldacy Xavier disse que a comissão será fundamental na conscientização dos índios sobre os riscos das DSTs. "A capacitação dos profissionais de nível médio tem enfoque principal nas partes de diagnóstico e tratamento", afirmou. A questão das doenças continua sendo uma constante nas aldeias yanomami. Pertencentes a uma cultura diferenciada, os índios não entendem como as DSTs e Aids entram em suas vidas. A comunicação constitui um dos problemas principais.Para os médicos do programa DSTs e Aids, do Ministério da Saúde, é possível conscientizar os índios sobre os riscos das doenças. Respeitando a cultura de cada etnia, segundo Fábio Moherdaui, da coordenação nacional, existem formas de comunicação. Isso, em sua avaliação, não é uma questão dos índios entenderem ou não. "Cabe só a nós saber explorar", destacou ressaltando que a questão está relacionada a sobrevivência do grupo. "Na medida em que haver ameaça, o grupo se organiza para receber as informações e se prepara contra a consolidação da doença". No caso das DSTs, ele disse que a ameaça tem um agravante. "As DSTs e a Adis são doenças que acometem o que se manifesta durante a atividade sexual, que é condição fundamental para a perpetuação do grupo", fez questão de explicar.Segundo Fábio, as oito entidades não-governamentais que prestam atendimento de saúde aos Yanomami vêm realizando diversos trabalhos na conscientização dos índios sobre a importância da prevenção das doenças transmissíveis. Com os trabalhos, não foi registrado nenhum caso da doença entre as aldeias indígenas. Ao longo dos últimos dois anos, houve apenas seis casos de DSTs em 1999 e dez casos ano passado. Este ano ainda não ocorreram registros. De agora em diante, a meta do Ministério da Saúde é integrar as ações desenvolvidas pelas Ongs. "Queremos integrar as informações das várias instituições envolvidas, evitando que a epidemia chegue às aldeias indígenas", afirmou Moherdaui.Conforme ele, a prioridade será absoluta no trabalho das doenças entre os indígenas. "Nosso trabalho é reconhecido em âmbito internacional", lembrou, referindo-se a elevação do programa no controle de DSTs e Aids com os trabalhos desenvolvidos. Para Fábio, as populações indígenas são vulneráveis às doenças. "Se formos avaliar o que ocorre na África, onde as populações estão morrendo porque não houve nenhum controle da doença, os indígenas precisam de todos cuidados necessários", afirmou.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source