De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Embarcação suspeita é localizada
29/02/2004
Fonte: A Crítica, Brasil, p. A9
Embarcação suspeita é localizada
Quinta feira por volta das 14h, um servidor da. Administração da Funai em Boa Vista, quando fazia sobrevôo em aeronave da Funai, localizou embarcação de garimpeiros transportando mantimentos, perto do local onde foi assassinado o servidor Valdes Marinho Lima, na manhã do dia 23 último.
A informação, inclusive com as coordenadas geográficas do local onde se encontrava a balsa, foi repassada, via radiofonia, ao administrador da Funai, Martinho, que se encontrava, juntamente com agentes da polícia Federal, na Maloca Paapiú, dentro da reserva ianomâmi. Imediatamente, duas aeronaves dá polícia Federal, entre elas um helicóptero, deslocaram ao local indicado, para proceder à abordagem da embarcação e a detenção dos garimpeiros. Infelizmente, não foi possível prendê-los, pois esses, com a aproximação da polícia, fugiram para a mata. Mesmo com a fuga, os policiais puderam visualizar que os garimpeiros portavam armas de fogo.
Morte
0 servidor índio Xerente Valdes Marinho Lima, 39, foi morto a tiros por garimpeiros que trabalhavam ilegalmente no rio Couto Magalhães, dentro da reserva ianomâmi, próximo à região da Maloca paapiú, noroeste de Roraima. Valdes integrava uma equipe da Funai e investigava a presença de garimpeiros dentro daquela terra indígena, denunciada por líderes ianomâmis. A equipe da Funai, composta de sete servidores, chegou ao local onde se encontravam os garimpeiros, por volta das 18h do dia 22 e foram recebidos a tiros por garimpeiros fortemente armados. Os servidores revidaram, fazendo com que os garimpeiros fugissem, abandonando a draga onde trabalhavam. No dia seguinte, por volta das 7h, os servidores, que tinham permanecido na draga apreendida, foram atacados pelos garimpeiros, que portavam armas de grosso calibre, sem oportunidade de defesa, ocasião em que o servidor Valdes, que fazia a guarda, levou um tiro na região do tórax, disparado de espingarda calibre 12mm, morrendo em seguida.
Emboscada
Pegos de surpresa, os outros servidores, seis ao todo, fugiram para a Maloca paapiú, em busca de socorro, de onde fizeram contato com o administrador da Funai em Boa Vista, Martinho Alves. 0 corpo de Valdes foi resgatado, na tarde de terça-feira, por agentes da polícia Federal, e conduzido ao Instituto Médico Legal de Boa Vista. 0 corpo foi embalsamado, a mando da Funai, e trasladado para Brasília, onde foi velado no auditório da autarquia. À noite o corpo seguiu para palmas, e de lá, para a reserva Xerente, no Município de Tocantínia (TO) onde foi enterrado na aldeia porteira, de acordo com os rituais da comunidade. ValdesMarinho Lima foi admitido no quadro de servidores da Funai em 10 de junho de 1986.
Diante do crime, o administrador da Funai reuniu-se com o superintendente da polícia Federal de Roraima, Mário Spósito, onde planejaram uma operação de emergência para extrusar toda a terra ianomâmi.
A Crítica, 29/02/2004, Brasil, p. A9
Quinta feira por volta das 14h, um servidor da. Administração da Funai em Boa Vista, quando fazia sobrevôo em aeronave da Funai, localizou embarcação de garimpeiros transportando mantimentos, perto do local onde foi assassinado o servidor Valdes Marinho Lima, na manhã do dia 23 último.
A informação, inclusive com as coordenadas geográficas do local onde se encontrava a balsa, foi repassada, via radiofonia, ao administrador da Funai, Martinho, que se encontrava, juntamente com agentes da polícia Federal, na Maloca Paapiú, dentro da reserva ianomâmi. Imediatamente, duas aeronaves dá polícia Federal, entre elas um helicóptero, deslocaram ao local indicado, para proceder à abordagem da embarcação e a detenção dos garimpeiros. Infelizmente, não foi possível prendê-los, pois esses, com a aproximação da polícia, fugiram para a mata. Mesmo com a fuga, os policiais puderam visualizar que os garimpeiros portavam armas de fogo.
Morte
0 servidor índio Xerente Valdes Marinho Lima, 39, foi morto a tiros por garimpeiros que trabalhavam ilegalmente no rio Couto Magalhães, dentro da reserva ianomâmi, próximo à região da Maloca paapiú, noroeste de Roraima. Valdes integrava uma equipe da Funai e investigava a presença de garimpeiros dentro daquela terra indígena, denunciada por líderes ianomâmis. A equipe da Funai, composta de sete servidores, chegou ao local onde se encontravam os garimpeiros, por volta das 18h do dia 22 e foram recebidos a tiros por garimpeiros fortemente armados. Os servidores revidaram, fazendo com que os garimpeiros fugissem, abandonando a draga onde trabalhavam. No dia seguinte, por volta das 7h, os servidores, que tinham permanecido na draga apreendida, foram atacados pelos garimpeiros, que portavam armas de grosso calibre, sem oportunidade de defesa, ocasião em que o servidor Valdes, que fazia a guarda, levou um tiro na região do tórax, disparado de espingarda calibre 12mm, morrendo em seguida.
Emboscada
Pegos de surpresa, os outros servidores, seis ao todo, fugiram para a Maloca paapiú, em busca de socorro, de onde fizeram contato com o administrador da Funai em Boa Vista, Martinho Alves. 0 corpo de Valdes foi resgatado, na tarde de terça-feira, por agentes da polícia Federal, e conduzido ao Instituto Médico Legal de Boa Vista. 0 corpo foi embalsamado, a mando da Funai, e trasladado para Brasília, onde foi velado no auditório da autarquia. À noite o corpo seguiu para palmas, e de lá, para a reserva Xerente, no Município de Tocantínia (TO) onde foi enterrado na aldeia porteira, de acordo com os rituais da comunidade. ValdesMarinho Lima foi admitido no quadro de servidores da Funai em 10 de junho de 1986.
Diante do crime, o administrador da Funai reuniu-se com o superintendente da polícia Federal de Roraima, Mário Spósito, onde planejaram uma operação de emergência para extrusar toda a terra ianomâmi.
A Crítica, 29/02/2004, Brasil, p. A9
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.