De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Índio não quer só apito. Quer TV também
14/11/2003
Fonte: JT, Variedades, p. C2
Índio não quer só apito. Quer TV também
Jotabê Medeiros
Deverá ser abrigada pela TV Educativa (TVE) a TV Aldeia Virtual, projeto dos índios Caiapó, do Mato Grosso.
A informação é do secretário para o Desenvolvimento das Artes Audiovisuais, Orlando Senna, que acertou um acordo na semana passada com o cacique Raoni, da tribo Caiapó, para a instalação do programa.
A TV Aldeia Virtual teria, inicialmente, um horário na grade da TVE, exibindo programas produzidos pelos índios.
0 canal de TV é uma velha bandeira da tribo Caiapó, que conta com uma população entre 12 mil e 15 mil índios, uma das maiores e mais organizadas do País.
Esse será o primeiro canal indígena do Brasil, sediado no território Caiapó, no Mato Grosso, e contará ainda com apoio técnico da TV Educativa. O MinC teria reunião com Eugênio Bucci, da Radiobrás, para conseguir apoio.
0 projeto todo é uma iniciativa da Fundação Raoni, instituição formada por lideranças indígenas e organismos nacionais e internacionais, e que desenvolve projetos na área de educação, cultura, agricultura e ecoturismo.
Orlando Senna considera de suma importância e urgente a instalação desse canal. 'Ter um canal indígena é um passo importante no sentido da diversidade cultural", afirma.
O que o MinC está fazendo até agora, informa o secretário, é facilitar o trabalho dos caiapós.
Os "caiapós filmadores" já fazem vídeos e filmam em 35 mm há décadas, mas ainda não tinham um espaço para exibir sua produção. Ganharam prêmios em festivais como o JVC, no Japão, e em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Entre seus documentários, estão registrados depoimentos dos mais velhos das tribos, além da discussão de questões fundiárias e ocupações.
"0 material é muito artesanal no que se refere à feitura, mas é porque eles querem que seja assim", diz Senna.
Os caiapós também adotaram uma prática que faz sucesso entre os índios navajos, norte-americanos: eles dão câmeras aos índios jovens, que filmam suas experiências cotidianas, sem nenhuma determinação estética. "O conteúdo é bem diferente do que a gente conhece", afirma o secretário.
JT, 14/11/2003, Variedades, p. C2
Jotabê Medeiros
Deverá ser abrigada pela TV Educativa (TVE) a TV Aldeia Virtual, projeto dos índios Caiapó, do Mato Grosso.
A informação é do secretário para o Desenvolvimento das Artes Audiovisuais, Orlando Senna, que acertou um acordo na semana passada com o cacique Raoni, da tribo Caiapó, para a instalação do programa.
A TV Aldeia Virtual teria, inicialmente, um horário na grade da TVE, exibindo programas produzidos pelos índios.
0 canal de TV é uma velha bandeira da tribo Caiapó, que conta com uma população entre 12 mil e 15 mil índios, uma das maiores e mais organizadas do País.
Esse será o primeiro canal indígena do Brasil, sediado no território Caiapó, no Mato Grosso, e contará ainda com apoio técnico da TV Educativa. O MinC teria reunião com Eugênio Bucci, da Radiobrás, para conseguir apoio.
0 projeto todo é uma iniciativa da Fundação Raoni, instituição formada por lideranças indígenas e organismos nacionais e internacionais, e que desenvolve projetos na área de educação, cultura, agricultura e ecoturismo.
Orlando Senna considera de suma importância e urgente a instalação desse canal. 'Ter um canal indígena é um passo importante no sentido da diversidade cultural", afirma.
O que o MinC está fazendo até agora, informa o secretário, é facilitar o trabalho dos caiapós.
Os "caiapós filmadores" já fazem vídeos e filmam em 35 mm há décadas, mas ainda não tinham um espaço para exibir sua produção. Ganharam prêmios em festivais como o JVC, no Japão, e em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Entre seus documentários, estão registrados depoimentos dos mais velhos das tribos, além da discussão de questões fundiárias e ocupações.
"0 material é muito artesanal no que se refere à feitura, mas é porque eles querem que seja assim", diz Senna.
Os caiapós também adotaram uma prática que faz sucesso entre os índios navajos, norte-americanos: eles dão câmeras aos índios jovens, que filmam suas experiências cotidianas, sem nenhuma determinação estética. "O conteúdo é bem diferente do que a gente conhece", afirma o secretário.
JT, 14/11/2003, Variedades, p. C2
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