De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Índios são presos com maconha em MS
05/08/2004
Fonte: O Globo, O Pais, p.15
Índios são presos com maconha em MS
Paulo Yafusso
Especial para O GLOBO
CAMPO GRANDE. Três índios da etnia guarani kaiowá foram presos em flagrante sob a acusação de tráfico de drogas na reserva indígena de Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande. Eles estavam com dois quilos de maconha. Segundo a Funai, também foram apreendidas armas de fogo na reserva, que reúne cerca de 10 mil índios em duas aldeias.
A Polícia Federal e as polícias Civil e Militar do Mato Grosso do Sul fecharam o acesso à reserva indígena. Só podem entrar na área aqueles que se cadastrarem e obtiverem o aval da Funai. A medida faz parte da operação denominada Sucuri para o combate ao tráfico de drogas e à venda de bebidas alcoólicas.
O índios presos são da aldeia Bororó. De acordo Israel Bernardo da Silva, funcionário da Funai que coordena a operação, foram apreendidos revólveres e uma espingarda, além de facas. Segundo Silva, todo o efetivo das polícias está à disposição da coordenação da operação.
Estamos fazendo barreira dentro da reserva indígena e também no entorno. Quando recebemos a denúncia e ela foi confirmada, acionamos os policiais disse Silva.
Ele afirmou que não tem dúvidas de que há não-índios fornecendo drogas para serem vendidas na reserva de Dourados, formada pelas aldeias Bororó e Jaguapiru.
Estamos monitorando melhor esse caso, pois são pessoas de fora da aldeia. No caso da apreensão dos dois quilos, parte do tablete de drogas já havia sido distribuída.
Suspeita é que maconha seja procedente do Paraguai
A desconfiança é que a droga venha do Paraguai, onde é produzida a maior parte da maconha consumida no Brasil. Dourados fica a pouco mais de 135 quilômetros da fronteira com o Paraguai, onde nesta época do ano ocorre a colheita de maconha. Todos os casos de flagrante estão sendo encaminhados para o Ministério Público Federal, que também participa da operação, segundo a Funai.
De acordo com Silva, cerca de 160 pessoas pediram autorização para poder entrar na aldeia, mas cerca de 40 tiveram o pedido negado. A Funai não está permitindo, por exemplo, que vendedores de produtos tenham acesso à reserva. Parte dos que pediram aval para ir às aldeias trabalha nas áreas de lavoura arrendadas pelos índios. A Operação Sucuri não tem data para terminar.
O Globo, 05/08/2004, p. 15
Paulo Yafusso
Especial para O GLOBO
CAMPO GRANDE. Três índios da etnia guarani kaiowá foram presos em flagrante sob a acusação de tráfico de drogas na reserva indígena de Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande. Eles estavam com dois quilos de maconha. Segundo a Funai, também foram apreendidas armas de fogo na reserva, que reúne cerca de 10 mil índios em duas aldeias.
A Polícia Federal e as polícias Civil e Militar do Mato Grosso do Sul fecharam o acesso à reserva indígena. Só podem entrar na área aqueles que se cadastrarem e obtiverem o aval da Funai. A medida faz parte da operação denominada Sucuri para o combate ao tráfico de drogas e à venda de bebidas alcoólicas.
O índios presos são da aldeia Bororó. De acordo Israel Bernardo da Silva, funcionário da Funai que coordena a operação, foram apreendidos revólveres e uma espingarda, além de facas. Segundo Silva, todo o efetivo das polícias está à disposição da coordenação da operação.
Estamos fazendo barreira dentro da reserva indígena e também no entorno. Quando recebemos a denúncia e ela foi confirmada, acionamos os policiais disse Silva.
Ele afirmou que não tem dúvidas de que há não-índios fornecendo drogas para serem vendidas na reserva de Dourados, formada pelas aldeias Bororó e Jaguapiru.
Estamos monitorando melhor esse caso, pois são pessoas de fora da aldeia. No caso da apreensão dos dois quilos, parte do tablete de drogas já havia sido distribuída.
Suspeita é que maconha seja procedente do Paraguai
A desconfiança é que a droga venha do Paraguai, onde é produzida a maior parte da maconha consumida no Brasil. Dourados fica a pouco mais de 135 quilômetros da fronteira com o Paraguai, onde nesta época do ano ocorre a colheita de maconha. Todos os casos de flagrante estão sendo encaminhados para o Ministério Público Federal, que também participa da operação, segundo a Funai.
De acordo com Silva, cerca de 160 pessoas pediram autorização para poder entrar na aldeia, mas cerca de 40 tiveram o pedido negado. A Funai não está permitindo, por exemplo, que vendedores de produtos tenham acesso à reserva. Parte dos que pediram aval para ir às aldeias trabalha nas áreas de lavoura arrendadas pelos índios. A Operação Sucuri não tem data para terminar.
O Globo, 05/08/2004, p. 15
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