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Xavantes libertam servidores, mas ocupam prédio por 10 dias

08/02/2008

Autor: Francis Amorin

Fonte: Diário de Cuiabá



O Distrito Sanitário Especial Indígena de Barra do Garças vai permanecer fechado nos próximos 10 dias. A decisão foi tomada pelos caciques que lideram o movimento em defesa da indicação do presidente da ONG Nossa Tribo, Nivaldo Correia Neto, para a chefia da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os funcionários que haviam sido feito reféns foram liberados depois de sete horas "trancafiados" na sede do órgão.

As lideranças xavantes vão permanecer no Dsei até o dia 11, prazo estipulado por eles para a publicação da portaria de nomeação de Nivaldo. "O movimento é pacifico. Nosso objetivo é evitar a interferência de políticos e melhorar a qualidade de vida do nosso povo", disse o cacique Domingos Suimé. Segundo ele, a Funasa tem sido usada apenas como instrumento eleitoreiro. "Não vamos mais permitir que isso continue ocorrendo", destacou.

Os 50 funcionários que foram mantidos reféns durante a quinta-feira deixaram a sede da Funasa por volta das 18h30. Segundo eles, os índios agiram de maneira pacífica e em momento algum chegaram a ameaçar a integridade física do grupo. "Usamos os servidores para alertar as autoridades. Não iríamos fazer nada contra ninguém. Eles nos ajudam e reconhecemos o seu trabalho", disse o cacique Sérgio Tseredzatsu Abhöiödi, um dos lideres do protesto.

Para evitar que até mesmo os funcionários entrem no Dsei Xavante em Barra, as lideranças indígenas montaram uma barreira humana na entrada do órgão impedindo o acesso ao interior do prédio.
 

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