De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Tia é suspeita de matar
27/06/2008
Autor: Alexandre Aprá
Fonte: Diário de Cuiabá - www.diariodecuiaba.com.br
Fonte da Funasa teria dito que irmã da mãe da índia de MT assassinada em Brasília foi quem a feriu por ciúmes
A principal suspeita pela morte da índia mato-grossense Jaiya Xavante, de 16 anos, é a sua própria tia, Maria Imaculada Xavante. Junto com a mãe e irmã da jovem, ela acompanhava a internação da adolescente, em Brasília. O principal motivo levantado até agora é de que o crime tenha sido motivado por ciúmes. O pai da Jaiya era casado com três irmãs, conforme costume tribal da etnia.
A reportagem do Diário entrevistou o padre Bartolomeo Giaccaria, indigenista salesiano que trabalha na aldeia xavante de São Pedro há 51 anos, onde Jaiya morava, e conhecia a família da vítima. O padre disse não acreditar na hipótese de que o crime teria sido motivado por ciúmes. Segundo ele, o costume de um marido ter três ou quatro mulheres - sempre irmãs ou primas - é antigo e não há casos de ciúmes entre as esposas.
Para o indigenista, a hipótese levantada é especulação e a investigação policial deve apontar outras vertentes. O pai de Jaiya é enfermeiro e cuidava da assistência médica na aldeia.
Padre Giaccaria também rechaçou que a menina teria sido morta por ter deficiência neurológica, decorrente de uma meningite adquirida durante a infância. Ele garante que crianças com problemas não são excluídas das tribos xavantes. "Eles não praticam violência contra crianças deficientes. O único problema é que as aldeias não têm estrutura médica para oferecer os cuidados especiais que essas crianças precisam", explicou o padre italiano.
Depois da suspeita, a investigação agora passa a ser conduzida pela Polícia Federal de Brasília, que atuava, até então, em conjunto com a Polícia Civil, que conduzia o caso. Até sexta-feira à noite, o delegado responsável, Antônio José Romeiro, não havia identificado indícios de autoria do crime. Conforme o Código Penal Brasil, indígenas são inimputáveis, ou seja, não podem ser presos e nem processados.
A informação sobre a responsabilidade da autoria do crime foi revelada por um servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em entrevista à emissora estatal TV Brasil. Segundo essa informação, a tia empalou a jovem, ou seja, introduziu um vergalhão de ferro de aproximadamente 40 centímetros no órgão genital da sobrinha, por volta das 3h da madrugada de quarta-feira.
Depois de passar mal, a vítima foi encaminhada ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) e morreu enquanto era submetida a uma cirurgia. Ela teve baço, estômago e diafragma perfurados. A aldeia onde a índia morava fica no município de Campinápolis, a 658 quilômetros ao leste de Cuiabá, mas ela estava em Brasília desde maio para tratamento de saúde. A índia era muda e se locomovia por meio de uma cadeira de rodas. Jaiya foi enterrada ontem na aldeia onde vivia.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal de Brasília foi procurada pela reportagem, mas não houve contato pelos telefones disponíveis no site do departamento. A assessora de imprensa da Superintendência Regional da PF também foi procurada, mas disse que não poderia passar nenhuma informação porque não trabalha aos sábados.
A principal suspeita pela morte da índia mato-grossense Jaiya Xavante, de 16 anos, é a sua própria tia, Maria Imaculada Xavante. Junto com a mãe e irmã da jovem, ela acompanhava a internação da adolescente, em Brasília. O principal motivo levantado até agora é de que o crime tenha sido motivado por ciúmes. O pai da Jaiya era casado com três irmãs, conforme costume tribal da etnia.
A reportagem do Diário entrevistou o padre Bartolomeo Giaccaria, indigenista salesiano que trabalha na aldeia xavante de São Pedro há 51 anos, onde Jaiya morava, e conhecia a família da vítima. O padre disse não acreditar na hipótese de que o crime teria sido motivado por ciúmes. Segundo ele, o costume de um marido ter três ou quatro mulheres - sempre irmãs ou primas - é antigo e não há casos de ciúmes entre as esposas.
Para o indigenista, a hipótese levantada é especulação e a investigação policial deve apontar outras vertentes. O pai de Jaiya é enfermeiro e cuidava da assistência médica na aldeia.
Padre Giaccaria também rechaçou que a menina teria sido morta por ter deficiência neurológica, decorrente de uma meningite adquirida durante a infância. Ele garante que crianças com problemas não são excluídas das tribos xavantes. "Eles não praticam violência contra crianças deficientes. O único problema é que as aldeias não têm estrutura médica para oferecer os cuidados especiais que essas crianças precisam", explicou o padre italiano.
Depois da suspeita, a investigação agora passa a ser conduzida pela Polícia Federal de Brasília, que atuava, até então, em conjunto com a Polícia Civil, que conduzia o caso. Até sexta-feira à noite, o delegado responsável, Antônio José Romeiro, não havia identificado indícios de autoria do crime. Conforme o Código Penal Brasil, indígenas são inimputáveis, ou seja, não podem ser presos e nem processados.
A informação sobre a responsabilidade da autoria do crime foi revelada por um servidor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em entrevista à emissora estatal TV Brasil. Segundo essa informação, a tia empalou a jovem, ou seja, introduziu um vergalhão de ferro de aproximadamente 40 centímetros no órgão genital da sobrinha, por volta das 3h da madrugada de quarta-feira.
Depois de passar mal, a vítima foi encaminhada ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) e morreu enquanto era submetida a uma cirurgia. Ela teve baço, estômago e diafragma perfurados. A aldeia onde a índia morava fica no município de Campinápolis, a 658 quilômetros ao leste de Cuiabá, mas ela estava em Brasília desde maio para tratamento de saúde. A índia era muda e se locomovia por meio de uma cadeira de rodas. Jaiya foi enterrada ontem na aldeia onde vivia.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal de Brasília foi procurada pela reportagem, mas não houve contato pelos telefones disponíveis no site do departamento. A assessora de imprensa da Superintendência Regional da PF também foi procurada, mas disse que não poderia passar nenhuma informação porque não trabalha aos sábados.
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