De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Reunião Yanomami
24/11/2008
Fonte: Cese - www.cese.org.br
Além de dar prosseguimento à luta pela posse de terra e preservação cultural, a III Assembléia Geral da HAY também está sendo vista por esse povo como um instrumento de consolidação da Hutukara como uma entidade e representação. "Eles esperam ampliar a representação da Associação de 27 para 30 regiões. Bem como fortalecer a HAY, tanto estruturalmente, como na capacidade de incidência", pontua Augusto Santiago, assessor de projeto da CESE.
Na região de Roraima onde será realizada a assembléia, há 14 fazendeiros invasores, com 7 mil hectares de capim, além de 3 mil garimpeiros que vêm deixando um rastro de destruição atrás de ouro e diamantes. Apesar disso, a organização do movimento conseguiu trazer uma evolução positiva para esse quadro lutas. Hoje, 24 escolas em língua materna e a própria fundação da Hutukara já são reconhecidas, os encontros de lideranças acontecem com maior freqüência, contando, inclusive, com a abertura de escritório em Boas Vista, com contratação de 02 assessores e a continuidade do apoio da CCPY.
Outro ponto positivo dessa organização é o início de uma abordagem com foco na questão de gênero. Apesar da Hutukara informar que a participação das mulheres ainda é um grande desafio pois, segundo eles, suas tarefas domésticas inibem a participação na luta, nesta assembléia eles estão estimando a presença de um grupo de 15 mulheres, com possibilidade de participar das chapas da diretoria ou dos conselhos. Eles destacam a participação dos jovens.
O véu do esquecimento histórico imposto ao povo Yanomami, assim como a toda comunidade indígena brasileira, começou a ser removido no final da década de 70 quando a fotógrafa Claudia Andujar passou a se dedicar exclusivamente à luta pela sua preservação. Claudia é uma das fundadoras da Comissão pela Criação do Parque Yanomami (CCPY). Desde então, a luta tem sido árdua e as condições de vida não menos áridas. A realidade vivida pelos Yanomami dentro do seu território é de calamidade, eles convivem com cerca de 3.000 garimpeiros e 7.000 hectares desmatados e plantados com capim. Malária, AIDS, pneumonia e alta taxa de mortalidade entre crianças e velhos continuam crescendo, apesar da população brasileira e mundial já não mais ignorar a sua existência. Uma divulgação hoje representada na figura de David Yanomami, liderança histórica do movimento indígena.
Veja programação da Assembléia
Motivos não faltam para que os Yanomamis continuem a se organizar e lutar pela preservação do seu povo. No intuito de efetivar a apropriação da região do Ajarani (Roraima), ocupar pontos estratégicos, iniciar levantamento do potencial da região para atividades institucionais e fazer pressão política para retirada de não-índios resistentes ao processo de desocupação da região, os Yanomamis, com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), estarão reunidos, entre os dias 22 e 30 de novembro, na III Assembléia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY), na comunidade indígena do Ajarani, no município de Caracaraí, em Roraima.
O encontro reunirá 200 lideranças, que representarão 50 comunidades de 30 diferentes regiões. Serão abordadas questões internas e externas - essas últimas com a participação de representantes da FUNAI, do Ministério Público Federal (MPF), da FUNASA, do IBAMA, do INCRA, da Casa Civil (Governo Federal), da Secretaria de Educação de Roraima, da Prefeitura de Caracaraí, da EMBRAPA, do Ministério Público Estadual (MPE), do Exercito e da Policia Federal. As discussões durante o evento girarão em torno da saúde; educação; mineração e terra indígena; invasão dos garimpeiros, fazendeiros, pescadores, madeireiros; situação da FLONA; existência e criação de projetos de assentamentos no entorno da Comunidade indígena do Ajarani; conflitos nas comunidades; intercâmbio com os Yanomami e Ye´kuana da Venezuela e serão abordadas questões institucionais da HAY.
Na região de Roraima onde será realizada a assembléia, há 14 fazendeiros invasores, com 7 mil hectares de capim, além de 3 mil garimpeiros que vêm deixando um rastro de destruição atrás de ouro e diamantes. Apesar disso, a organização do movimento conseguiu trazer uma evolução positiva para esse quadro lutas. Hoje, 24 escolas em língua materna e a própria fundação da Hutukara já são reconhecidas, os encontros de lideranças acontecem com maior freqüência, contando, inclusive, com a abertura de escritório em Boas Vista, com contratação de 02 assessores e a continuidade do apoio da CCPY.
Outro ponto positivo dessa organização é o início de uma abordagem com foco na questão de gênero. Apesar da Hutukara informar que a participação das mulheres ainda é um grande desafio pois, segundo eles, suas tarefas domésticas inibem a participação na luta, nesta assembléia eles estão estimando a presença de um grupo de 15 mulheres, com possibilidade de participar das chapas da diretoria ou dos conselhos. Eles destacam a participação dos jovens.
O véu do esquecimento histórico imposto ao povo Yanomami, assim como a toda comunidade indígena brasileira, começou a ser removido no final da década de 70 quando a fotógrafa Claudia Andujar passou a se dedicar exclusivamente à luta pela sua preservação. Claudia é uma das fundadoras da Comissão pela Criação do Parque Yanomami (CCPY). Desde então, a luta tem sido árdua e as condições de vida não menos áridas. A realidade vivida pelos Yanomami dentro do seu território é de calamidade, eles convivem com cerca de 3.000 garimpeiros e 7.000 hectares desmatados e plantados com capim. Malária, AIDS, pneumonia e alta taxa de mortalidade entre crianças e velhos continuam crescendo, apesar da população brasileira e mundial já não mais ignorar a sua existência. Uma divulgação hoje representada na figura de David Yanomami, liderança histórica do movimento indígena.
Veja programação da Assembléia
Motivos não faltam para que os Yanomamis continuem a se organizar e lutar pela preservação do seu povo. No intuito de efetivar a apropriação da região do Ajarani (Roraima), ocupar pontos estratégicos, iniciar levantamento do potencial da região para atividades institucionais e fazer pressão política para retirada de não-índios resistentes ao processo de desocupação da região, os Yanomamis, com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), estarão reunidos, entre os dias 22 e 30 de novembro, na III Assembléia Geral da Hutukara Associação Yanomami (HAY), na comunidade indígena do Ajarani, no município de Caracaraí, em Roraima.
O encontro reunirá 200 lideranças, que representarão 50 comunidades de 30 diferentes regiões. Serão abordadas questões internas e externas - essas últimas com a participação de representantes da FUNAI, do Ministério Público Federal (MPF), da FUNASA, do IBAMA, do INCRA, da Casa Civil (Governo Federal), da Secretaria de Educação de Roraima, da Prefeitura de Caracaraí, da EMBRAPA, do Ministério Público Estadual (MPE), do Exercito e da Policia Federal. As discussões durante o evento girarão em torno da saúde; educação; mineração e terra indígena; invasão dos garimpeiros, fazendeiros, pescadores, madeireiros; situação da FLONA; existência e criação de projetos de assentamentos no entorno da Comunidade indígena do Ajarani; conflitos nas comunidades; intercâmbio com os Yanomami e Ye´kuana da Venezuela e serão abordadas questões institucionais da HAY.
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