De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Quadro de saúde de indígena é irreversível
24/04/2009
Autor: Elaíze Farias
Fonte: A Crítica de Manaus - http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=308647
A menina indígena da etnia ianomâmi de um ano e meio pode ser transferida para sua aldeia, caso seja constatado pela equipe médica de Santa Izabel do Rio Negro que ela realmente não sobreviverá, segundo informou ontem a procuradora do Ministério Público Federal (MPF), Luciana Gadelha. Portadora de hidroanencefalia, a menina tem um quadro irreversível e há poucas chances de sobrevivência, conforme a procuradora.
"Segundo as informações que recebemos uma criança com hidroanecenfalia não chega a viver nem um ano de vida. Em alguns casos pode viver mais de um ano. O quadro é grave. O que podemos fazer é encaminhá-la para o tratamento de pneumonia em Santa Izabel", disse ela.
Caso seja removida para a aldeia, os pajés ianomâmi vão tentar fazer um último tratamento, segundo Sílvio Cavuscens, da Associação Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami (Secoya), ONG que atua no sistema de saúde daquela etnia.
"Nem a medicina ocidental, nem os médicos que a acompanham estão conseguindo garantir a vida desta criança. Essa situação envolvendo a menina indígena mostra mais uma vez que os médicos e os hospitais não estão preparados para entender a dimensão cultural indígena. Não entendem que há uma outra relação de vida e de morte, de saúde e doença", disse ele.
Na cosmovisão ianomâmi, segundo Sílvio, é preciso realizar uma cerimônia dentro da aldeia para liberar o espírito. "Se isso (a morte) acontecer dentro da aldeia, será um drama", disse Sílvio.
A controvérsia envolvendo a menina indígena começou quando surgiu o boato (descartado pela família da criança) de que ela seria sacrificada em sua aldeia. O assunto alcançou tal dimensão, chegando à esfera judiciária, quando a Justiça estadual determinou a permanência dela em Manaus, para tratamento. O MPF entrou no caso para tentar "conciliar interesses", segundo a procuradora. Ontem à tarde, Luciana Gadelha iria pedir à juíza da Infância e do Adolescente, Carla Reis, que se assuma incompetente para julgar o caso.
"Queremos encerrar este caso para que o MPF dê os encaminhamentos necessários. Em princípio, nossa posição é pela transferência da criança para Santa Izabel. Não se trata apenas da situação da criança, mas o interesse de toda a comunidade ianomâmi", disse Luciana.
"Segundo as informações que recebemos uma criança com hidroanecenfalia não chega a viver nem um ano de vida. Em alguns casos pode viver mais de um ano. O quadro é grave. O que podemos fazer é encaminhá-la para o tratamento de pneumonia em Santa Izabel", disse ela.
Caso seja removida para a aldeia, os pajés ianomâmi vão tentar fazer um último tratamento, segundo Sílvio Cavuscens, da Associação Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami (Secoya), ONG que atua no sistema de saúde daquela etnia.
"Nem a medicina ocidental, nem os médicos que a acompanham estão conseguindo garantir a vida desta criança. Essa situação envolvendo a menina indígena mostra mais uma vez que os médicos e os hospitais não estão preparados para entender a dimensão cultural indígena. Não entendem que há uma outra relação de vida e de morte, de saúde e doença", disse ele.
Na cosmovisão ianomâmi, segundo Sílvio, é preciso realizar uma cerimônia dentro da aldeia para liberar o espírito. "Se isso (a morte) acontecer dentro da aldeia, será um drama", disse Sílvio.
A controvérsia envolvendo a menina indígena começou quando surgiu o boato (descartado pela família da criança) de que ela seria sacrificada em sua aldeia. O assunto alcançou tal dimensão, chegando à esfera judiciária, quando a Justiça estadual determinou a permanência dela em Manaus, para tratamento. O MPF entrou no caso para tentar "conciliar interesses", segundo a procuradora. Ontem à tarde, Luciana Gadelha iria pedir à juíza da Infância e do Adolescente, Carla Reis, que se assuma incompetente para julgar o caso.
"Queremos encerrar este caso para que o MPF dê os encaminhamentos necessários. Em princípio, nossa posição é pela transferência da criança para Santa Izabel. Não se trata apenas da situação da criança, mas o interesse de toda a comunidade ianomâmi", disse Luciana.
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