De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Casas de desintrusados saem em 120 dias
28/05/2010
Autor: Andrezza Trajano
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
Seis anos depois de deixarem a terra indígena Raposa Serra do Sol, 18 famílias retiradas da reserva, que moravam no município de Uiramutã, receberão casas populares como forma de concretizar o reassentamento.
O recurso, orçado em R$ 725 mil, de autoria do senador Augusto Botelho (PT) com contrapartida do Estado, prevê a construção de 18 casas populares. As obras devem iniciar no final deste mês. O prazo de conclusão é de 120 dias.
As residências terão 54 metros quadrados, poço artesiano, caixa d'água, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e serão entregues rebocadas e pintadas.
As famílias foram reassentadas pelo Incra em 13 de abril de 2007, na antiga fazenda Mac Laren, na gleba Cauamé, que compreende os municípios de Boa Vista e Alto Alegre. As moradias serão construídas nos lotes. Todos já possuem títulos definitivos das propriedades.
Os beneficiados eram fazendeiros que receberam - a maioria - lotes com 500 hectares. O recurso foi intermediado pela Cooperativa das Famílias dos Produtores Rurais Reassentados da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (Coopersol).
De acordo com Wilson Alves Bezerra, o Galego, presidente da entidade, ainda em 2007 os reassentados conseguiram levar energia para a região, por meio de um projeto da Suframa. Mas, sem moradia e água encanada, era impossível viver no local.
Segundo ele, as áreas ocupadas pelos pecuaristas na reserva indígena eram maiores que as que vivem. Ele mesmo era proprietário de uma área de 5 mil hectares, mas recebeu do poder público uma de 500 hectares. Ainda assim, enfatiza que todos estão empolgados com a construção dos imóveis.
"As pessoas estão ansiosas para irem para as casas e recomeçarem suas vidas. Queremos tornar a região em um dos polos produtores do Estado", destacou.
Como a área é pequena, a produção, antes da pecuária, passará para a agropecuária. Um outro projeto, que prevê a construção de 26 poços artesianos, será responsável pela irrigação das lavouras.
"Tenho 69 anos, nasci e me criei no Uiramutã, nunca fui nem ao Amazonas, mas fui retirado da minha casa como se fosse um invasor. Somos pessoas idosas, mas estamos otimistas e com força de vontade para recomeçar a vida", destacou.
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=87314
O recurso, orçado em R$ 725 mil, de autoria do senador Augusto Botelho (PT) com contrapartida do Estado, prevê a construção de 18 casas populares. As obras devem iniciar no final deste mês. O prazo de conclusão é de 120 dias.
As residências terão 54 metros quadrados, poço artesiano, caixa d'água, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e serão entregues rebocadas e pintadas.
As famílias foram reassentadas pelo Incra em 13 de abril de 2007, na antiga fazenda Mac Laren, na gleba Cauamé, que compreende os municípios de Boa Vista e Alto Alegre. As moradias serão construídas nos lotes. Todos já possuem títulos definitivos das propriedades.
Os beneficiados eram fazendeiros que receberam - a maioria - lotes com 500 hectares. O recurso foi intermediado pela Cooperativa das Famílias dos Produtores Rurais Reassentados da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (Coopersol).
De acordo com Wilson Alves Bezerra, o Galego, presidente da entidade, ainda em 2007 os reassentados conseguiram levar energia para a região, por meio de um projeto da Suframa. Mas, sem moradia e água encanada, era impossível viver no local.
Segundo ele, as áreas ocupadas pelos pecuaristas na reserva indígena eram maiores que as que vivem. Ele mesmo era proprietário de uma área de 5 mil hectares, mas recebeu do poder público uma de 500 hectares. Ainda assim, enfatiza que todos estão empolgados com a construção dos imóveis.
"As pessoas estão ansiosas para irem para as casas e recomeçarem suas vidas. Queremos tornar a região em um dos polos produtores do Estado", destacou.
Como a área é pequena, a produção, antes da pecuária, passará para a agropecuária. Um outro projeto, que prevê a construção de 26 poços artesianos, será responsável pela irrigação das lavouras.
"Tenho 69 anos, nasci e me criei no Uiramutã, nunca fui nem ao Amazonas, mas fui retirado da minha casa como se fosse um invasor. Somos pessoas idosas, mas estamos otimistas e com força de vontade para recomeçar a vida", destacou.
http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=87314
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