De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Artesanato é pouco para viver
12/07/2003
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
Os produtores lamentam os prejuízos sofridos. "Os índios sacrificaram todos os nossos porcos, disseram-nos que a Funai iria pagar, mas quando? Viveremos de que, eu, meu marido de 73 anos e mais dois filhos menores sem aulas, e vivendo em casa de favor", protestou Lúcia Santiago Pellegrini. "Nunca houve índios aqui, meu marido tem a propriedade desde 1959". "Tenho um acesso precário à minha propriedade, que está sendo ameaçada e muitos caminhoneiros recusam-se a ir buscar os cocos, nosso prejuízo é muito grande", acrescentou Renato Doria. "Tudo o que eu tenho está lá, minhas casas, não tenho onde ir, minha família é numerosa, aonde eu posso abrigá-la", ressaltou outro morador, conhecido como Dudu. "Nos tiraram à força de nossas casas, vamos voltar com a força, se for necessário", disse outro produtor, que pediu para não ser identificado.
Os índios, por sua vez, apontam a situação social precária da aldeia como principal motivo para reivindicar a terra, "sentimos dor no coração ao ver um filho de um parente pedindo esmola aos turistas, pois o artesanato não dá mais para nos sustentar, nossas famílias estão passando fome, temos que ter uma alternativa na agricultura", afirmou o cacique de Coroa Vermelha Carajá, "dos 1.492 hectares demarcados boa parte é reserva e o restante, para mais de 4.000 índios, não dá nem para construir uma casa".
De acordo com Carajá, a área reivindicada não se limitaria aos entornos do Córrego Itinga, "dizer que nunca houve índios aqui parece impossível, se foi logo nesta região que ocorreu o encontro entre Cabral e os índios", questiona ele, "nossas terras vão desde o Barramares, seguindo pela orla norte até a Coroa Vermelha, tendo limites ao oeste com a reserva Veracruz e ao norte com os bairros de Tânia e Campo Verde em Santa Cruz Cabrália, são cerca de 5.000 hectares". Nestes limites encontram-se praias famosas, como as de Ponta Grande e do Mutá, além de vários empreendimentos hoteleiros e turísticos
Os índios, por sua vez, apontam a situação social precária da aldeia como principal motivo para reivindicar a terra, "sentimos dor no coração ao ver um filho de um parente pedindo esmola aos turistas, pois o artesanato não dá mais para nos sustentar, nossas famílias estão passando fome, temos que ter uma alternativa na agricultura", afirmou o cacique de Coroa Vermelha Carajá, "dos 1.492 hectares demarcados boa parte é reserva e o restante, para mais de 4.000 índios, não dá nem para construir uma casa".
De acordo com Carajá, a área reivindicada não se limitaria aos entornos do Córrego Itinga, "dizer que nunca houve índios aqui parece impossível, se foi logo nesta região que ocorreu o encontro entre Cabral e os índios", questiona ele, "nossas terras vão desde o Barramares, seguindo pela orla norte até a Coroa Vermelha, tendo limites ao oeste com a reserva Veracruz e ao norte com os bairros de Tânia e Campo Verde em Santa Cruz Cabrália, são cerca de 5.000 hectares". Nestes limites encontram-se praias famosas, como as de Ponta Grande e do Mutá, além de vários empreendimentos hoteleiros e turísticos
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