De Povos Indígenas no Brasil
Notícias
Projetos futuros preocupam indigenista
07/07/2010
Autor: Cláudia Schüffner
Fonte: Valor Econômico - http://www.valoronline.com.br/
Belo Monte incomoda até índios que vivem fora da área que será afetada pela usina por uma razão: eles não acreditam que ela será a única grande hidrelétrica a ser construída no rio Xingu. O indigenista André Villas-Bôas, do Instituto SocioAmbiental (ISA), identifica os caiapós como maiores opositores, mas não únicos.
"O projeto inicial era de cinco barragens e os índios acham que Belo Monte vai ser um cavalo de troia e que depois de gastar R$ 30 bilhões a pressão vai ser para que se gere mais e barragens acima, que vão afetar inclusive reservas acima."
Villas-Bôas se refere à decisão do governo de refazer o projeto que agora terá capacidade instalada de gerar 11.233 megawatts (MW) mas tem garantia física para apenas 4.571 MW médios, já que Belo Monte será uma usina a "fio dágua", sem reservatório de acumulação.
Ele explica o ceticismo dos caiapós lembrando que para melhorar o rendimento serão necessários outros barramentos rio acima que possam prender a água no período das chuvas. O indigenista cobra o hidrograma do projeto, que vai permitir saber, por exemplo, quanta água o canal vai desviar do curso do rio. E faz uma lista de perguntas que, segundo ele, ainda não tiveram resposta. Entre elas quanto do Xingu será navegável depois da usina; o impacto sobre a fauna pesqueira e, por último, como a obra vai afetar os ambientes de beira rio que cumprem papel importante na região e na subsistência desses povos.
Roland Widmer, coordenador do Programa Eco-Finanças da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, disse que já estão sendo preparadas notificações aos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e ao FI FGTS, possíveis financiadores da obra. "Vamos notificá-los sobre a responsabilidade objetiva deles", diz Widmer.
http://www.valoronline.com.br/?impresso/empresas/95/6363339/projetos-futuros-preocupam-indigenista
"O projeto inicial era de cinco barragens e os índios acham que Belo Monte vai ser um cavalo de troia e que depois de gastar R$ 30 bilhões a pressão vai ser para que se gere mais e barragens acima, que vão afetar inclusive reservas acima."
Villas-Bôas se refere à decisão do governo de refazer o projeto que agora terá capacidade instalada de gerar 11.233 megawatts (MW) mas tem garantia física para apenas 4.571 MW médios, já que Belo Monte será uma usina a "fio dágua", sem reservatório de acumulação.
Ele explica o ceticismo dos caiapós lembrando que para melhorar o rendimento serão necessários outros barramentos rio acima que possam prender a água no período das chuvas. O indigenista cobra o hidrograma do projeto, que vai permitir saber, por exemplo, quanta água o canal vai desviar do curso do rio. E faz uma lista de perguntas que, segundo ele, ainda não tiveram resposta. Entre elas quanto do Xingu será navegável depois da usina; o impacto sobre a fauna pesqueira e, por último, como a obra vai afetar os ambientes de beira rio que cumprem papel importante na região e na subsistência desses povos.
Roland Widmer, coordenador do Programa Eco-Finanças da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, disse que já estão sendo preparadas notificações aos fundos de pensão Previ, Petros, Funcef e ao FI FGTS, possíveis financiadores da obra. "Vamos notificá-los sobre a responsabilidade objetiva deles", diz Widmer.
http://www.valoronline.com.br/?impresso/empresas/95/6363339/projetos-futuros-preocupam-indigenista
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