De Povos Indígenas no Brasil
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=== Pimenta Jiquitaia ===
 
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A Pimenta Jiquitaia Baniwa é produto do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM), reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
A Pimenta Jiquitaia Baniwa é produto do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM), reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
As jiquitaias são blends exclusivos de dezenas de diferentes variedades de pimentas do gênero Capsicum spp cultivadas organicamente pelas mulheres indígenas em roças e jardins de pimentas nas comunidades baniwa, secas e moídas em pó com adição de sal especial.
 
As jiquitaias são blends exclusivos de dezenas de diferentes variedades de pimentas do gênero Capsicum spp cultivadas organicamente pelas mulheres indígenas em roças e jardins de pimentas nas comunidades baniwa, secas e moídas em pó com adição de sal especial.

Edição das 17h32min de 10 de setembro de 2018

Arte Baniwa

Arte Baniwa é a marca criada pelos Baniwa para comercializar seus produtos, como cestaria de arumã e a conhecida pimenta jiquitaia.

A pimenta Baniwa é uma mistura de pimentas cultivadas organicamente pelas mulheres baniwa nas roças e quintais das comunidades do rio Içana e afluentes. Tem sido comercializada externamente através do projeto Arte Baniwa, uma parceria entre a OIBI (Organização Indígena da Bacia do Içana), a FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) e o ISA (Instituto Socioambiental).

Produtos

Os principais produtos comercializados são a cestaria de arumã e a pimenta jiquitaia.

Pimenta Jiquitaia

Jiquitaia Baniwa
Jiquitaia Baniwa

A Pimenta Jiquitaia Baniwa é produto do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM), reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As jiquitaias são blends exclusivos de dezenas de diferentes variedades de pimentas do gênero Capsicum spp cultivadas organicamente pelas mulheres indígenas em roças e jardins de pimentas nas comunidades baniwa, secas e moídas em pó com adição de sal especial.

A jiquitaia, para os Baniwa, está fortemente associada ao consumo de carnes, principalmente peixes, que é a mais importante fonte de proteína das comunidades do Rio Negro e afluentes. A ideia de reciclar a tradição milenar para transformar as pimentas em pó em uma alternativa para o desenvolvimento sustentável das comunidades, valorizando o trabalho das mulheres Baniwa, começou em 2005.

O dinheiro arrecadado com as vendas é depositado na conta da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), responsável pela gestão do projeto de acordo com o plano de negócios da iniciativa, com apoio do Instituto Socioambiental (ISA).

Há hoje, no Alto Rio Negro, uma Rede de Casas de Pimenta. São cinco unidades de beneficiamento, rotulagem e envase que movimentam as comunidades. Cada casa tem dois gerentes – um homem e uma mulher – que cuidam de todo o processo, desde o recebimento das pimentas até o envio para a cidade mais próxima, São Gabriel da Cachoeira (AM).

Apesar da distância geográfica, a cerca de 400 quilômetros de barco de São Gabriel da Cachoeira, as comunidades Baniwa enfrentam ameaças e pressões, especialmente do narcotráfico e de empresas de mineração.

A pimenta é uma importante fonte de renda para as mulheres Baniwa, protagonistas de toda a produção. Elas utilizam o dinheiro para comprar produtos básicos para o dia a dia e para manter o bem viver nas comunidades.

Onde encontrar

Arte Baniwa - Site oficial

Em São Paulo

Mercado de Pinheiros